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TJSC nega recurso para dupla acusada de homicídio em Água Doce

Decisão mantém sentença de pronúncia da comarca de Joaçaba

Por Michel Teixeira 

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina manteve sentença de pronúncia da Vara Criminal da Comarca de Joaçaba para submeter a júri popular Delmar Rodrigues e Aguinaldo José Richardt. Ambos respondem a processo por homicídio qualificado. Ele são acusados de matar a tiros João Carlos Lasta, em 2007, no interior de Água Doce. Segundo o processo, Delmar teria arrendado terras em Palmas (PR) pertencentes à companheira dele com a vítima João Carlos Lasta. Porém, o imóvel já tinha arrendatário anterior com direito de preferência. O negócio acabou em processo cível de Lasta contra Rodrigues, que tramitou na comarca de Palmas. Tentando minimizar os prejuízos que teria causado à vítima, Delmar decidiu emprestar a João Carlos gratuitamente um trator para a preparação da terra para cultivo em uma propriedade rural no distrito de Herciliópolis, interior de Água Doce. A ação da vítima, que queria ser indenizada pelo adiantamento feito em dinheiro e pelas despesas com o negócio, teria causado a ira de Delmar sobre Lasta, ainda mais quando soube que em setembro de 2007 havia sido designada a primeira audiência judicial para solução do litígio. Por causa disso, Delmar teria ameaçado João Carlos de morte.


Conforme consta no processo, Delmar, movido pelo sentimento de vingança, resolveu que iria até Água Doce para matar a vítima. Delmar teria contatado com Aguinaldo José Richardt pedindo apoio para a execução. No dia 13 de setembro de 2007, no período da manhã, os dois denunciados foram até Água Doce com um veículo importado Audi A-3, armados com pistolas calibre 380, ou similar. Por volta das 12h, os denunciados pararam para almoçar em um posto de combustíveis, e em seguida rumaram até o distrito de Herciliópolis, onde a vítima morava com a mulher. Mais tarde, por volta das 14h30 os denunciados chegaram até a sede da fazenda onde habitava a vítima, alegando que estavam ali simplesmente para conferir o número de horas trabalhadas com o trator emprestado a João Carlos. Após breve contato entre eles, os dois denunciados e a vítima afastaram-se da casa e foram em direção à lavoura onde o trator estava trabalhando a terra. Chegando ao local, imediatamente o réu Delmar subiu no trator e examinou o relógio da máquina agrícola anotando em seus documentos o total de 250 horas trabalhadas. Em seguida se afastaram da lavoura com a caminhonete da vítima. Em um local ermo, ainda dentro da propriedade rural ocupada pela vítima, Delmar Rodrigues e Aguinaldo Richardt fizeram com que a vítima parasse e em seguida desferiram inúmeros tiros contra o corpo da vítima. Em seguida os acusados teriam embarcado no Audi A-3 e saído do local, usando estradas vicinais para chegar à cidade de Palmas, evitando assim a fiscalização e barreiras que pudessem ser montadas ao longo da rodovia. A vítima foi localizada por vizinhos apenas no final da tarde, morta dentro de sua caminhonete. As armas utilizadas no crime não foram localizadas, pois os denunciados, tão logo abateram a vítima, fugiram para evitar serem descobertos e também evitar a prisão em flagrante, tendo escondido-as em local desconhecido. A dupla responde a processo por homicídio qualificado. Com a decisão do TJSC a data do júri será designada pela Justiça de Joaçaba.

Fonte: ederluiz.com