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Mulher agredida conta em detalhes os momentos que passou com o agressor

Ela diz que o homem tinha usado droga

No início da noite desta sexta-feira (8), a mulher de iniciais E.S. de 42 anos de idade que foi arrastada para o mato e agredida violentamente durante a madrugada no bairro João Paulo II em Joaçaba, esteve na Delegacia de Polícia para fazer o Boletim de Ocorrência (BO) e prestar depoimento dos momentos em que passou nas mãos do agressor que já foi preso num trabalho por parte de integrantes da Polícia Militar (PM) e do grupo de inteligência da Polícia Civil. E.S sofreu vários ferimentos pelo corpo e cortes na cabeça e teve que ser conduzida ao Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST).

A nossa reportagem, a mulher disse que o agressor é seu vizinho “e sempre eu encontro ele quando estou indo para o meu serviço. Hoje novamente eu encontrei ele, e cheguei a ficar contente, pois este meu trajeto é totalmente feito pelo mato”, disse ela. E.S lembra que o agressor estava com um pedaço de madeira na mão e “num determinado momento quando ele vinha em minha companhia, ele me deu uma gravata e me arrastou para o mato. A partir daí eu comecei a ser agredida de todas as formas e em praticamente todas as partes do meu corpo, em especial a cabeça. Foi um horror”.

A mulher salientou que esteve nesta situação com o agressor das 5h às 6h20, levando soco, pedradas e pontapé. “Quando ele parou de me agredir e me viu toda ensangüentada, ele disse que tinha estragado a vida dele. Acho que ele parou de me bater, porque tinha passado o efeito da droga”. E.S confirmou que o homem teria dito que iria se entregar a polícia, e por algumas vezes pegou o celular e demonstrou que estava fazendo a ligação. “Ouvi conversar com a mãe dele e ficamos sentados nos falando até por volta das 8h. Depois disso tive medo quando ele me convidou para que fosse com ele numa barragem que existe ali por perto. Pensei que neste momento ele fosse me matar, porque ele falou que era para eu ir na frente”, lembrou a agredida.

O agressor chamado por ela de Edy, nas proximidades da barragem liberou a mulher que saiu em busca de socorro, se encontrando com a mãe do homem a partir do momento em que ela conseguiu sair do mato e chegar à estrada. “Quando falei para ela, que era o filho dela que tinha me agredido, ela começou a chorar e me levou para casa. Chegando lá eu desmaiei e eles chamaram a polícia e o corpo de bombeiros”.

Segundo ela tudo foi facilitado, porque o elemento era conhecido e sabia que naquela hora não tem movimento naquele local. E.S frisou que não tinha conhecimento de que Edy era usuário de droga. “Quando conversamos, ele me confirmou que faz mais de um ano que ele está nas drogas”. Ela disse que por serem vizinhos, o agressor sempre passava na frente de sua casa, mas em nenhum momento ele teria lhe ameaçado. “Ele sempre puxava conversa comigo, mas hoje ele deve ter tomado essa atitude, porque estava cheirando desde as 3h. Ele estava alucinado”.

Concluindo, E.S foi categórica ao afirmar que não imaginava sair com vida do matagal. “Passou várias coisas na minha cabeça. Via os meus filhos e meu neto. Depois de lutar muito com ele, entreguei tudo nas mãos de Deus. Mas graças a ele, estou aqui”.

Por Julnei Bruno


Fonte: Rádio Catarinense