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A defesa do Banco do Brasil alegou que a decisão tem validade somente para correntistas do Distrito Federal. Em nota à Agência Brasil, a assessoria de imprensa do Banco do Brasil afirmou que vai recorrer da decisão para aguardar o pronunciamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que vai julgar a constitucionalidade dos planos econômicos da década de 1990.
Para o advogado Tiago Pires Canal, sócio da Canal Advocacia e Consultoria Jurídica, "havendo o trânsito em julgado desta decisão, bem como dos processos relativos a outros bancos, bastará aquele que era consumidor na época dos fatos ingresse em juízo com ação de execução pedindo os valores decorrentes da correção de tais planos financeiros".
Questionado se a decisão abre um precedente, o advogado explicou "o IDEC entrou com diversas ações referentes a todos os planos econômicos que houveram na época, bem como contra todos os bancos, visando garantir os direitos aos consumidores que não entraram na justiça dentro do prazo prescricional. A decisão de foi específica ao Banco do Brasil, relacionada ao plano verão, entretanto, há outras ações, referentes a outros bancos, tramitando e pendentes de julgamento no STF". O poupador beneficiado com a decisão, explica Canal, deverá ter em mãos comprovantes de que era de fato consumidor e que detinha valores na caderneta de poupança, devendo procurar um profissional de confiança (advogado) para ingressar em juízo. "A decisão é extremamente relevante, uma vez que salvaguarda a aplicação da constituição, bem como do código de defesa do consumidor, abrangendo a todos os correntistas que não ingressaram anteriormente com ações similares, protegendo, sobretudo a vulnerabilidade e hiposuficiência do consumidor em relações bancárias, sobretudo", destacou ele.
Fonte: Rádio Transamérica