Avião que levava o político caiu em
Santos na manhã desta quarta-feira
O candidato à presidência da República Eduardo Campos, que disputava as eleições pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), morreu na manhã desta quarta-feira, após acidente de avião em Santos, no litoral de São Paulo. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do partido.
Nesta terça-feira, Eduardo Campos deu entrevista ao Jornal Nacional. Na sabatina, o candidato foi questionado sobre suas principais promessas – como escola em tempo integral, passe livre para estudantes do ensino público, aumento dos investimentos em saúde para 10% das receitas da União e multiplicar por 10 o orçamento para segurança. Campos afirmou que só tinha uma promessa de campanha: "melhorar a vida do povo brasileiro".
Quem era Eduardo Campos, candidato
à presidência da República pelo PSB:
Nascido em Recife (PE) em 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos era o terceiro colocado na corrida presidencial, atrás de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Na última pesquisa feita pelo Ibope, o candidato do PSB tinha 9% das intenções de voto. Campos era neto e herdeiro político de um dos mais influentes líderes da esquerda nacional, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes.
Casado há mais de 20 anos com a economista Renata Campos, o candidato deixa cinco filhos, com idades entre 21 anos e cinco meses. O mais novo, Miguel, que recebeu o nome em homenagem ao bisavô, nasceu em janeiro. Na época, Campos publicou uma mensagem em sua página oficial no Facebook em que diz que "Miguel, entre outras características que o fazem muito especial, chegou com a Síndrome de Down. Seja bem-vindo, querido Miguel. Como disse seu irmão, você chegou na família certa! Agora, todos nós vamos crescer com muito amor, sempre ao seu lado".
Campos governou o Estado de Pernambuco por sete anos. Elegeu-se governador pela primeira vez em 2006, vencendo Mendonça Filho (PFL) no segundo turno, com 60% dos votos. Conquistou a reeleição quatro anos depois, com apoio do presidente Lula, em primeiro turno, com 82% dos votos. Em 2013, tendo em vista as eleições deste ano, o pernambucano, que era um dos principais aliados do PT em nível nacional, anunciou a aliança com o movimento Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, para lançar chapa independente e concorrer ao Planalto.
O início da carreira política de Campos se deu na Faculdade, seguindo os passos do avô e padrinho político: a militância política começou durante a faculdade de Economia, quando presidiu o diretório acadêmico do seu curso na Universidade Federal de Pernambuco. Ingressou no PSB em 1990, acompanhando Miguel Arraes, com quem trabalhava. Elegeu-se deputado estadual neste mesmo ano.
Em 1994, foi eleito deputado federal pela primeira vez. Reelegeu-se em 1998 e 2002. Entre 1995 e 1998, esteve licenciado do mandato para trabalhar como secretário estadual de Governo e depois da Fazenda no governo de Miguel Arraes.
Uma das principais lideranças da base do governo Lula no Congresso, Campos foi chamado para comandar o Ministério de Ciência e Tecnologia e ficou no cargo entre 2004 e 2006. Em 2005, foi eleito presidente nacional do PSB, cargo que ocupava até sua morte.
O jato caiu no bairro Boqueirão,
na região central de Santos:
Dilma Rousseff e Aécio Neves cancelam
agenda e suspendem campanha
A presidente Dilma Rousseff decidiu suspender atividades de campanha por três dias ao ser informada da morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. A informação foi passada há pouco pelo comitê de campanha da presidente. Segundo a assessoria, na haverá atividades nós próximos três dias em Brasília e nenhum outro Estado.
Ainda não há definição sobre a participação da presidente no Jornal Nacional, da TV Globo, que estava programada para hoje, mas a agenda também deve ser cancelada. Dilma avalia ainda se fará algum tipo de pronunciamento, como presidente, sobre o acidente.
O candidato ao governo do Estado de São Paulo, Alexandre Padilha (PT), lamentou a notícia sobre o falecimento do ex- governador Eduardo Campos.
– Infelizmente acabei de ser avisado. É uma tragédia. O ex-governador Eduardo Campos foi meu colega durante o governo do presidente Lula, conheço a esposa, os filhos, vou suspender qualquer outra agenda. Temos que dar conforto à família – disse, ao fazer uma visita de campanha em um hospital na Penha, zona leste de São Paulo.
Além do candidato, também morreram no acidente aéreo em Santos Pedro Valadares Neto, ex-deputado e assessor particular do candidato; Carlos Augusto Percol Filho, assessor de imprensa; Marcelo de Lyra, cinegrafista, e Alexandre Gomes e Silva, fotógrafo. Os pilotos da aeronave Geraldo da Cunha e Marcos Martins também faleceram.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá, no litoral de São Paulo. "Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo", diz a nota. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave. Além disso, a Aeronáutica já iniciu investigações para apurar o que teria causado o acidente.
FONTE: ZERO HORA
Santos na manhã desta quarta-feira
O candidato à presidência da República Eduardo Campos, que disputava as eleições pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), morreu na manhã desta quarta-feira, após acidente de avião em Santos, no litoral de São Paulo. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do partido.
Nesta terça-feira, Eduardo Campos deu entrevista ao Jornal Nacional. Na sabatina, o candidato foi questionado sobre suas principais promessas – como escola em tempo integral, passe livre para estudantes do ensino público, aumento dos investimentos em saúde para 10% das receitas da União e multiplicar por 10 o orçamento para segurança. Campos afirmou que só tinha uma promessa de campanha: "melhorar a vida do povo brasileiro".
Quem era Eduardo Campos, candidato
à presidência da República pelo PSB:
Nascido em Recife (PE) em 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos era o terceiro colocado na corrida presidencial, atrás de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Na última pesquisa feita pelo Ibope, o candidato do PSB tinha 9% das intenções de voto. Campos era neto e herdeiro político de um dos mais influentes líderes da esquerda nacional, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes.
Casado há mais de 20 anos com a economista Renata Campos, o candidato deixa cinco filhos, com idades entre 21 anos e cinco meses. O mais novo, Miguel, que recebeu o nome em homenagem ao bisavô, nasceu em janeiro. Na época, Campos publicou uma mensagem em sua página oficial no Facebook em que diz que "Miguel, entre outras características que o fazem muito especial, chegou com a Síndrome de Down. Seja bem-vindo, querido Miguel. Como disse seu irmão, você chegou na família certa! Agora, todos nós vamos crescer com muito amor, sempre ao seu lado".
Campos governou o Estado de Pernambuco por sete anos. Elegeu-se governador pela primeira vez em 2006, vencendo Mendonça Filho (PFL) no segundo turno, com 60% dos votos. Conquistou a reeleição quatro anos depois, com apoio do presidente Lula, em primeiro turno, com 82% dos votos. Em 2013, tendo em vista as eleições deste ano, o pernambucano, que era um dos principais aliados do PT em nível nacional, anunciou a aliança com o movimento Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, para lançar chapa independente e concorrer ao Planalto.
O início da carreira política de Campos se deu na Faculdade, seguindo os passos do avô e padrinho político: a militância política começou durante a faculdade de Economia, quando presidiu o diretório acadêmico do seu curso na Universidade Federal de Pernambuco. Ingressou no PSB em 1990, acompanhando Miguel Arraes, com quem trabalhava. Elegeu-se deputado estadual neste mesmo ano.
Em 1994, foi eleito deputado federal pela primeira vez. Reelegeu-se em 1998 e 2002. Entre 1995 e 1998, esteve licenciado do mandato para trabalhar como secretário estadual de Governo e depois da Fazenda no governo de Miguel Arraes.
Uma das principais lideranças da base do governo Lula no Congresso, Campos foi chamado para comandar o Ministério de Ciência e Tecnologia e ficou no cargo entre 2004 e 2006. Em 2005, foi eleito presidente nacional do PSB, cargo que ocupava até sua morte.
O jato caiu no bairro Boqueirão,
na região central de Santos:
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Foto do local do acidente, feita logo após a queda do avião em que Eduardo Campos estava (Tassio Ricardo / Arquivo pessoal) |
Dilma Rousseff e Aécio Neves cancelam
agenda e suspendem campanha
A presidente Dilma Rousseff decidiu suspender atividades de campanha por três dias ao ser informada da morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. A informação foi passada há pouco pelo comitê de campanha da presidente. Segundo a assessoria, na haverá atividades nós próximos três dias em Brasília e nenhum outro Estado.
Ainda não há definição sobre a participação da presidente no Jornal Nacional, da TV Globo, que estava programada para hoje, mas a agenda também deve ser cancelada. Dilma avalia ainda se fará algum tipo de pronunciamento, como presidente, sobre o acidente.
O candidato ao governo do Estado de São Paulo, Alexandre Padilha (PT), lamentou a notícia sobre o falecimento do ex- governador Eduardo Campos.
– Infelizmente acabei de ser avisado. É uma tragédia. O ex-governador Eduardo Campos foi meu colega durante o governo do presidente Lula, conheço a esposa, os filhos, vou suspender qualquer outra agenda. Temos que dar conforto à família – disse, ao fazer uma visita de campanha em um hospital na Penha, zona leste de São Paulo.
Além do candidato, também morreram no acidente aéreo em Santos Pedro Valadares Neto, ex-deputado e assessor particular do candidato; Carlos Augusto Percol Filho, assessor de imprensa; Marcelo de Lyra, cinegrafista, e Alexandre Gomes e Silva, fotógrafo. Os pilotos da aeronave Geraldo da Cunha e Marcos Martins também faleceram.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá, no litoral de São Paulo. "Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo", diz a nota. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave. Além disso, a Aeronáutica já iniciu investigações para apurar o que teria causado o acidente.
FONTE: ZERO HORA