Atleta do meio oeste, Djenifer Becker de 19 anos, era titular na Seleção Brasileira Sub-20 no Mundial de Futebol.
A tarefa da Seleção Brasileira Feminina Sub-20, na terceira rodada da fase de grupos do Mundial, para se classificar, não era fácil: derrotar as atuais vice-campeãs por dois ou mais gols de diferença. No final, o Brasil perdeu por 5 a 1,
mas não sem lutar um minuto dentro de campo.
A catarinense Djenifer Becker de 19 anos, natural de Ibicaré, era titular na Seleção Brasileira que foi disputada no Canadá. Mesmo tendo fraturado o nariz e levado três pontos, ela jogou contra a Alemanha. A atleta levou uma cotovelada violenta no jogo contra os EUA na sexta-feira (08) e mesmo assim continuou no jogo.
O jogo começou com uma sequência de quatro escanteios a favor da Seleção. O Brasil pressionava a saída de bola e não deixava a Alemanha jogar. Depois dos primeiros cinco minutos, a Alemanha equilibrou a partida.
Apesar de conseguir chegar ao ataque, a Seleção não era eficiente na finalização. A Alemanha, por outro lado, aproveitava suas chances. A sorte do Brasil é que Letícia está sempre atenta: a goleira fez duas belíssimas defesas.
No contra-ataque, Djenifer achou Byanca que driblou dentro da área e tocou para Gabi. A volante chutou forte, mas a bola raspou na trave e saiu.
No lance seguinte, Andressa tocou para Gabi, que chutou para fora, Dessa vez, a bola passou pelo lado esquerdo da goleira e saiu.
Com a pressão do Brasil, o gol saiu aos 41 minutos da primeira etapa. Em jogada ensaiada de escanteio, Andressa cruzou e Carol cabeceou para abrir o placar.
Nos acréscimos, Bremer foi derrubada dentro da área e,penalidade marcada. Ela mesma cobrou e bateu na trave.
Nos primeiros minutos da segunda etapa, a Alemanha veio para cima e conseguiu o empate com Daebritz.
A Sub-20 precisava vencer por dois gols de diferença para se classificar. E por isso não desistiu, apesar do empate. Andressa, Gabi e Carol tocaram a bola na entrada da grande área até que a capitã viu Patrícia e passou.A camisa 11 chutou por cima do gol.
A Alemanha fez mais um com Bremer. As alemãs quase fizeram outro, não fosse a goleira Letícia fazer duas difíceis defesas consecutivas. Daebritz fez mais um para a Alemanha; e Bremer fez mais dois e fechou o placar: 5 a 1 para as europeias.
Brasil: Letícia, Letícia Santos, Nágela (Thayanara), Julia, Camila; Djenifer e Gabi; Byanca, Andressa (c) e Patrícia (Gabi Portilho); Carol.
Alemanha: Frohms, Wilde, Rauch (Meister), Gidion, Magull (c), Knaak, Bremer, Panfil, Daebritz, Petermann (Dallmann) e Dieckmann.
ACABOU O JOGO, NÃO O SONHO
Com essa frase a jogadora Djenifer resumiu o sentimento pós jogo. Em uma rede social a jogadora postou uma mensagem de agradecimento e para que os brasileiros apoiem mais a modalidade. Confira:
Não comparem o vexame histórico da seleção masculina com essa derrota da base feminina.
Os homens ganham milhões, ganharam milhões nessa copa. Jogam em clubes que oferecem toda estrutura. Tem toda uma assessoria por trás que gerencia e comanda a carreira. Empresários que negociam contratos milionários, única preocupação deles é em treinar e jogar.
Essas meninas, na sua maioria, treinam de manhã e a tarde, a noite ainda tem que ir estudar. Rotina de segunda à segunda. Com chuva ou sol. Frio ou calor.
Em muitos lugares com estrutura quase 0.
Não dormem em hotéis luxuosos como o masculino. Vivem em alojamentos dividindo quarto com mais 2, 3 meninas.
Não tem carros do ano nem mansões. Vão apé para academia.
Elas não tem contratos milionários com patrocinadores. A grande maioria vive só com o bolsa atleta.
O choro deles na derrota para Alemanha?
Foi um choro de vergonha, de quem sabia que tinha fracassado e decepcionado um país inteiro. Mas uma semana depois, já nas ferias, de bolso cheio, ninguém estava mais nem aí.
O choro delas na derrota para Alemanha?
Foi o choro de quem viu a grande chance da vida escorrer entre os dedos. De quem joga futebol por amor, não por dinheiro. Um choro de quem depende do futebol pra sobreviver, mas acima de tudo faz isso por prazer.
Não comparem apenas resultados. Comparem estruturas, condições de trabalho, quantidade e qualidade de campeonatos. Acompanhem o começo e o meio, não apenas o resultado final.
Essas meninas são guerreiras e merecem nosso respeito.
Quem acompanha o dia-a-dia sabe que é uma seleção talentosa e que tem um grande futuro. Mas entra ano, sai ano e caímos no mesmo problema: falta de apoio.
Ao invés de apontar o dedo e criticar, estenda a mão e apóie!
Feminina Sub-20 chega a São Paulo nesta quinta-feira
A delegação da Seleção Brasileira Feminina Sub-20 viaja nesta quarta-feira, 13 de agosto, de Montreal para Toronto, onde embarcará para São Paulo.
A viagem para Toronto será no voo AC 427, com chegada prevista às 21h22. Às 23h30 (meia noite e meia de Brasília), no voo AC 090, a delegação embarca com destino a São Paulo. A chegada à capital paulista está prevista para as 10h45.
De São Paulo, cada jogadora e integrante da comissão técnica viajará para sua cidade.
Fonte: Diário do Vale - Com informações da CBF
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| Mesmo com o nariz fraturado Djenifer jogou contra a Alemanha. Fotos: CBF/Divulgação |
mas não sem lutar um minuto dentro de campo.
A catarinense Djenifer Becker de 19 anos, natural de Ibicaré, era titular na Seleção Brasileira que foi disputada no Canadá. Mesmo tendo fraturado o nariz e levado três pontos, ela jogou contra a Alemanha. A atleta levou uma cotovelada violenta no jogo contra os EUA na sexta-feira (08) e mesmo assim continuou no jogo.
O jogo começou com uma sequência de quatro escanteios a favor da Seleção. O Brasil pressionava a saída de bola e não deixava a Alemanha jogar. Depois dos primeiros cinco minutos, a Alemanha equilibrou a partida.
Apesar de conseguir chegar ao ataque, a Seleção não era eficiente na finalização. A Alemanha, por outro lado, aproveitava suas chances. A sorte do Brasil é que Letícia está sempre atenta: a goleira fez duas belíssimas defesas.
No contra-ataque, Djenifer achou Byanca que driblou dentro da área e tocou para Gabi. A volante chutou forte, mas a bola raspou na trave e saiu.
No lance seguinte, Andressa tocou para Gabi, que chutou para fora, Dessa vez, a bola passou pelo lado esquerdo da goleira e saiu.
Com a pressão do Brasil, o gol saiu aos 41 minutos da primeira etapa. Em jogada ensaiada de escanteio, Andressa cruzou e Carol cabeceou para abrir o placar.
Nos acréscimos, Bremer foi derrubada dentro da área e,penalidade marcada. Ela mesma cobrou e bateu na trave.
Nos primeiros minutos da segunda etapa, a Alemanha veio para cima e conseguiu o empate com Daebritz.
A Sub-20 precisava vencer por dois gols de diferença para se classificar. E por isso não desistiu, apesar do empate. Andressa, Gabi e Carol tocaram a bola na entrada da grande área até que a capitã viu Patrícia e passou.A camisa 11 chutou por cima do gol.
A Alemanha fez mais um com Bremer. As alemãs quase fizeram outro, não fosse a goleira Letícia fazer duas difíceis defesas consecutivas. Daebritz fez mais um para a Alemanha; e Bremer fez mais dois e fechou o placar: 5 a 1 para as europeias.
Brasil: Letícia, Letícia Santos, Nágela (Thayanara), Julia, Camila; Djenifer e Gabi; Byanca, Andressa (c) e Patrícia (Gabi Portilho); Carol.
Alemanha: Frohms, Wilde, Rauch (Meister), Gidion, Magull (c), Knaak, Bremer, Panfil, Daebritz, Petermann (Dallmann) e Dieckmann.
ACABOU O JOGO, NÃO O SONHO
Com essa frase a jogadora Djenifer resumiu o sentimento pós jogo. Em uma rede social a jogadora postou uma mensagem de agradecimento e para que os brasileiros apoiem mais a modalidade. Confira:
Não comparem o vexame histórico da seleção masculina com essa derrota da base feminina.
Os homens ganham milhões, ganharam milhões nessa copa. Jogam em clubes que oferecem toda estrutura. Tem toda uma assessoria por trás que gerencia e comanda a carreira. Empresários que negociam contratos milionários, única preocupação deles é em treinar e jogar.
Essas meninas, na sua maioria, treinam de manhã e a tarde, a noite ainda tem que ir estudar. Rotina de segunda à segunda. Com chuva ou sol. Frio ou calor.
Em muitos lugares com estrutura quase 0.
Não dormem em hotéis luxuosos como o masculino. Vivem em alojamentos dividindo quarto com mais 2, 3 meninas.
Não tem carros do ano nem mansões. Vão apé para academia.
Elas não tem contratos milionários com patrocinadores. A grande maioria vive só com o bolsa atleta.
O choro deles na derrota para Alemanha?
Foi um choro de vergonha, de quem sabia que tinha fracassado e decepcionado um país inteiro. Mas uma semana depois, já nas ferias, de bolso cheio, ninguém estava mais nem aí.
O choro delas na derrota para Alemanha?
Foi o choro de quem viu a grande chance da vida escorrer entre os dedos. De quem joga futebol por amor, não por dinheiro. Um choro de quem depende do futebol pra sobreviver, mas acima de tudo faz isso por prazer.
Não comparem apenas resultados. Comparem estruturas, condições de trabalho, quantidade e qualidade de campeonatos. Acompanhem o começo e o meio, não apenas o resultado final.
Essas meninas são guerreiras e merecem nosso respeito.
Quem acompanha o dia-a-dia sabe que é uma seleção talentosa e que tem um grande futuro. Mas entra ano, sai ano e caímos no mesmo problema: falta de apoio.
Ao invés de apontar o dedo e criticar, estenda a mão e apóie!
Feminina Sub-20 chega a São Paulo nesta quinta-feira
A delegação da Seleção Brasileira Feminina Sub-20 viaja nesta quarta-feira, 13 de agosto, de Montreal para Toronto, onde embarcará para São Paulo.
A viagem para Toronto será no voo AC 427, com chegada prevista às 21h22. Às 23h30 (meia noite e meia de Brasília), no voo AC 090, a delegação embarca com destino a São Paulo. A chegada à capital paulista está prevista para as 10h45.
De São Paulo, cada jogadora e integrante da comissão técnica viajará para sua cidade.
Fonte: Diário do Vale - Com informações da CBF