Notícias do Novo Tílias News

Tangará: Criança ainda espera por cirurgia

Estado ainda não respondeu sobre cirurgia do menino Alexandre, de Tangará. Solidariedade dá forças para a família na espera

O menino Alexandre Augusto Sartori Simionatto, de um ano, que convive com colostomia desde os sete dias de vida, ainda não teve a tão necessária cirurgia para resolver o problema realizada. Morador de Tangará, Alexandre vive com o pai e a mãe, e no dia 9 deste mês a Justiça atendeu ao pedido do Ministério Público de Santa Catarina e determinou, liminarmente, que o Estado realize a cirurgia de abaixamento do cólon. O prazo para que a cirurgia seja feita é de até dez dias, a contar da intimação do estado.

A notificação para o Governo saiu de Tangará no último dia 27 de junho, mas a informação é que o Estado ainda não foi notificado. A decisão liminar estabelece, também, que o Estado custeie todos os exames necessários para fazer o procedimento cirúrgico, além das despesas de locomoção do responsável pela criança para que ele possa acompanhar todo o tratamento.

A família está apreensiva com a demora, mas feliz pelas demonstrações de solidariedade de toda a região. O pai do menino disse ao Éder Luiz.com que a empresa Mili envia semanalmente fraldas e lenços umedecidos, o que até então era uma dificuldade diante dos problemas financeiros gerados para custear o tratamento do menino. “Não pensamos que as pessoas ajudariam tanto. Temos que tirar o chapéu pra Mili e pra todos que estão ajudando”. Disse seu Carlos.

Enquanto o Governo não se manifesta a comunidade se mobiliza para tentar garantir a cirurgia e está sendo realizando uma ação entre amigos que tem como prêmio uma TV 32" e um tablete. O objetivo é arrecadar aproximadamente R$ 10 mil para garantir o custeio da cirurgia, caso a resposta do estado não venha até o dia 18 deste mês. De qualquer maneira o valor final será entregue para a família, que tem dívidas a serem quitadas.

Caso a decisão judicial de realizar a cirurgia não seja cumprida dentro do prazo pelo Governo do Estado, foi fixada multa diária de R$5 mil, até o limite de R$50 mil, a ser revertida em favor da criança.

O caso

Logo depois do nascimento Alexandre foi transferido para o Hospital Infantil Joana de Gusmão em Florianópolis. Conforme apurado, a criança nasceu com um problema no coração. O quadro evoluiu para distensão abdominal e, após exames, foi diagnosticada com uma perfuração no intestino. A criança foi submetida à cirurgia de colostomia em alça, em que foi feita a abertura de duas bocas em seu abdômen para a eliminação de gases e fezes.

Alexandre está na fila de espera do SUS do Hospital Infantil Joana de Gusmão desde o ano passado. Só uma cirurgia pode solucionar o problema. O procedimento até poderia ter sido feito em Joaçaba, mas como o bebê tem também problemas cardíacos, precisa estar em um hospital onde tenha UTI Neo Natal.


Para os pais, os dias são de angustia, pois o maior medo é o de contrair uma infecção. Além disso, a vida dessa criança é limitada, pois são necessários inúmeros cuidados. 

Fonte: ederluiz.com