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Mulher confessa golpe de estelionato em Catanduvas

Prejuízo no comércio chegou aos R$ 50 mil

No início deste mês foi deflagrada uma operação por parte da polícia civil do município de Catanduvas, que tinha por objetivo cumprir um mandado de busca e apreensão na residência de uma mulher que reside na cidade. Informações davam conta de que a mulher teria adquirido alguns produtos em estabelecimentos comerciais, oriundos do crime de estelionato (art. 171 do Código Penal Brasileiro), que é a "obtenção de vantagem, causando prejuízo a outro".

Segundo relato de algumas vítimas ouvidas na Delegacia de Polícia, a mulher teria passado em várias lojas onde comprou roupas de grife e acessórios com a promessa de pagamento futuro, o que acabou não se efetuando. O delegado responsável pelo caso, Dr. Bruno Boaventura disse que o inquérito está em sua fase final, pois todos os envolvidos (vítimas e testemunhas) já foram ouvidos.

"Em depoimento a mulher confessou a sua participação e alegou que fez isso com o intuito de não prejudicar ninguém. Afirmou que iria pagar à todos, mas que se embaralhou nas contas e acabou tendo que tomar algumas medidas como depositar envelopes vazios para ganhar tempo", resumiu o delegado. Boaventura em contra partida, alegou que "isso para nós não importa, e sim, a vantagem que ela conseguiu em prejuízo das vítimas".

Através da Busca e Apreensão realizada na residência desta mulher, todas as provas foram juntadas e catalogadas, sendo que também foram anexadas junto ao inquérito. Num levantamento preliminar o prejuízo através de uma avaliação dos objetos apreendidos chega na casa dos R$ 50 mil. Um pouco do prejuízo dos proprietários dos estabelecimentos comerciais de Catanduvas foi reposto com a devolução de mercadorias que a polícia civil conseguiu recuperar.

O delegado frisou que na próxima semana deverá encaminhar toda a documentação para o poder judiciário "que posteriormente solicitará ao Ministério Público para que se manifeste sobre a denúncia ou o arquivamento do inquérito". Bruno Boaventura confirmou que a mulher está em liberdade, "porque eu não vislumbrei a necessidade de uma representação de uma prisão preventiva, haja vista que ela tem residência fixa, está colaborando com as investigações e pelo crime não ter violência".

Concluído o processo, o delegado catanduvense não acredita que ela possa ser presa, e sim que ela recomponha o patrimônio total das vítimas e possa receber uma pena pecuniária ou até uma receptiva de direitos que a lei permite.

Por Julnei Bruno


Fonte: Rádio Catarinense