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Joaçaba: Mãe acusa professor de assédio sexual contra filha de 16 anos

Família descobriu fato através do diário da menina

Um professor de Joaçaba está sendo acusado de um suposto assédio sexual por familiares de uma menina de 16 anos. O assédio sexual é um tipo de coação praticada geralmente por uma pessoa em posição hierárquica superior em relação a um subordinado e se caracteriza por alguma ameaça, insinuação de ameaça ou hostilidade contra o subordinado com alguma intenção. O caso veio à tona no final de junho e foi registrado na delegacia de polícia da comarca de Joaçaba.

   A mãe, cuja identidade está sendo preservada, e que também prefere manter a identidade do professor no anonimato, pelo menos por enquanto, relatou a Rádio Catarinense na manhã desta quarta-feira (16) que o acusado teria convidado a jovem para ser sua estagiária como menor aprendiz. Após comemorar o surgimento do primeiro emprego, os familiares começaram estranhar o comportamento da menina que não reagia com o mesmo sentimento de alegria dos demais. Suspeitando que algo estava errado, a mãe decidiu investigar. Através de anotações num diário foram descobertos relatos, que a mãe entende tratar-se de assédio. Com um diálogo mais profundo com a filha o fato veio a tona e o caso foi parar na delegacia de polícia. “Eu não queria acreditar no que eu tava lendo, e aí aquilo caiu como uma bomba em nossa família”. A menina escreveu quatro páginas no diário relatando tudo o que aconteceu em dois dias de conversa com o professor. “Ela escreveu que ele disse pretendia fazer dela uma pessoa melhor, que queria ajudar ela se descobrir e como ela é uma menina de 16 anos e tá namorando este namoro não ia dar certo e que daqui há pouco ela descobriria que teria coisas melhor para vivenciar na vida dela e que se precisasse ele poderia ajudar ela se descobrir” relatou a mãe.

 A conversa teria acontecido dentro um carro, após uma carona depois do horário de serviço em uma rua no bairro Santa Tereza. A mãe não tem dúvidas dos fatos que teriam ocorrido e diz que a filha está com medo. “Ela estava inconformada, até agora ela tem medo, ela não quer estar em algum lugar que ele vai estar perto”.

 Os fatos mencionados pela mãe foram registrados na Delegacia de Polícia, cujo Boletim de Ocorrência foi encaminhado a Central de Jornalismo da Rádio Catarinense.  A menina ainda não prestou depoimento, pois a informação que a família recebeu é que a escrivã está em férias e só retornaria a função em 30 dias. No Boletim foi registrado como caso de perturbação, mas a família não concorda com o termo e entende tratar-se de assédio.

  A Rádio Catarinense está à disposição das outras partes para eventuais esclarecimentos. Seguindo nossa linha editorial, e principalmente respeitando a Constituição Federal, a Central de Jornalismo mais uma vez adota o princípio da Presunção da Inocência. A presunção de inocência é uma das mais importantes garantias do acusado, pois até que se prove o contrário, o réu é presumidamente inocente.


Ouça denúncia feita pela mãe.  Ouvir

Por Marcelo Santos

Fonte: Rádio Catarinense