O Workshop irá reunir pequenas agroindústrias, cooperativas, produtores, órgãos de pesquisa e assistência técnica, secretarias de agricultura e lideranças do setor para entender quais as oportunidades que existem para iniciativas que explorem modelos alternativos dentro da suinocultura.
Após o evento a Embrapa Suínos e Aves fará ainda um inventário sobre "Tecnologias/processos disponíveis para o desenvolvimento de linhas de produtos diferenciados na suinocultura". Segundo o pesquisador da empresa, Jonas Irineu dos Santos Filho, o documento será uma síntese do que foi debatido durante o Workshop e será deixado à disposição da cadeia produtiva de suínos.
O secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, explica que as discussões são importantes para fazer com que as propriedades familiares continuem encontrando na suinocultura uma atividade técnica e economicamente viável. “A agricultura familiar tem uma participação muito significativa na produção de suínos, principalmente em Santa Catarina. Mas a viabilização dos investimentos nas pequenas propriedades e a gestão dos dejetos são aspectos que precisam ser analisados e administrados para a manutenção da suinocultura de forma intensiva na agricultura familiar”, destaca.
Spies lembra ainda que os estados do sul do país estão mobilizados para conquistar o reconhecimento internacional como zona livre de peste suína clássica junto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A certificação será importante para manter os mercados já conquistados e também buscar novos compradores para carne suína. “A conquista do certificado da OIE vai contribuir com a manutenção da competitividade da suinocultura de Santa Catarina, principalmente com base familiar”. Esta é a primeira vez que a OIE certificará países, ou áreas dentro de países, como livres de peste suína clássica o que será um diferencial para o acesso da carne suína a mercados exigentes.
Santa Catarina é o maior produtor nacional de suínos, conta com 12 mil criadores integrados às agroindústrias e independentes e produz anualmente cerca de 820 mil toneladas de carne suína, o que representa um abate de nove milhões de cabeças, além da comercialização de 1,5 milhão de suínos para abate em outros estados. As exportações de carne suína catarinense mantém um nível de 150 mil toneladas anuais, sendo o restante da produção consumida nos demais estados.
Fonte: Ana Ceron
Assessoria de Imprensa
Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca