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Celesc solicita reajuste de 20,49% nas contas de energia

A partir do dia 7 de agosto, a conta de energia do catarinense deve ficar mais cara. Se depender da distribuidora Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A.(Celesc), esse valor pode ser o maior dos últimos cinco anos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou ontem que o pleito de reajuste tarifário da concessionária é de 20,49%. A presidência da Celesc afirma que o número é referente ao primeiro semestre de grande volume de geração de energia por térmicas, matriz que chega a ser dez vezes mais cara do que a hídrica. O pedido está sob análise da agência reguladora, que decidirá qual reajuste deve ser aplicado no dia 7 de agosto.

A estiagem que atingiu o Sudeste, onde ficam os principais reservatórios do país, no começo do ano prejudicou a geração de energia por hidrelétricas em todo o país. Além disso, em muitas regiões do país o consumo cresceu além do esperado. Na área de atuação da Celesc, que representa a maior parte do Estado, o aumento foi de 4,2% no primeiro semestre. O resultado dessa combinação foi o acionamento das usinas termelétricas, que encarecem o processo de abastecimento. Esse foi o argumento usado pela distribuidora catarinense para pleitear o aumento 20,49%.

- O cálculo do pedido inclui dois aspectos: os gastos que podemos prever e os que são independentes da nossa atuação, como por exemplo o preço do transporte e da energia no mercado. Esse último dado representou 93% do nosso pleito: sendo 87,4% com despesa de energia, outros 2,9% com transporte, e 2,7% de encargos setoriais. Os outros 7% são os investimentos que nós fazemos e podemos gerenciar - detalhou Cleverson Siewert, presidente da Celesc.

Nos últimos anos, a Aneel tem aplicado reajustes menores do que os pedidos da Celesc. Em 2013, por exemplo, a distribuidora solicitou 25,33% de acréscimo no preço da energia, mas obteve 13,73%. No entanto, o primeiro semestre de contratação de energia mais cara obrigou a Aneel a permitir aumentos como o de 24,86% pela Copel, do Paraná, ou 18,66% pela Eletropaulo, de São Paulo.

Todas as distribuidoras do país possuem uma data de "aniversário": como o setor chama o dia do ano em que as empresas podem fazer o reajuste da tarifa de energia. Por isso, a Celesc só pode aplicar um aumento dia 7 de agosto. Antes, a concessionária precisa encaminhar uma solicitação para a Aneel, explicando os gastos que a empresa teve desde o último reajuste, e também com projeções para os 12 meses seguintes.

A agência deve publicar o reajuste médio até o dia 6 do mesmo mês. Esse número servirá de base para a Celesc dividir as tarifas de energia por subgrupos: residencial, rural, comercial, industrial e iluminação pública. O reajuste médio de 13,73% do ano passado significou um aumento de 12,9% na conta de luz do consumidor catarinense. O setor industrial, com 19%, ficou com o aumento mais acentuado.

Fonte: Rádio Videira AM