Um ultraleve despencou no local em
que elas jogavam na quinta-feira
A tradicional oração antes de entrar em quadra estava muito mais carregada de emoção, quase um agradecimento. Não fosse por isso, e por alguns rostos denunciando uma noite mal dormida, pareceria mais uma partida normal na rotina das meninas do futsal de Lages, que disputa a Regional Centro-Oeste dos Joguinhos Abertos, em Rio do Sul.
Mas o jogo contra Otacílio Costa, nesta sexta-feira pela manhã em outro ginásio, o da Metalúrgica Rio-sulense, estava muito longe de ser uma partida normal. Cerca de 15 horas antes, estas meninas passaram pelo maior susto de suas vidas. Estavam em quadra, no ginásio municipal de Lontras, quando um ultraleve despencou no local, matando os dois ocupantes. Elas escaparam, ilesas, para contar. E também para seguir em frente no que mais gostam de fazer: jogar futsal. Venceram por 8 a 2 e estão invictas na competição, que dá duas vagas para o Estadual dos Joguinhos, no fim de julho, em Caçador.
O técnico da equipe, Adenor Souza, contou que desde o momento do trágico acidente, praticamente ficou em tempo integral com as meninas, para acalmar as mais abaladas com tudo que viram. “Foi um filme de terror, algo que jamais vamos esquecer, só mesmo quem estava no ginásio sabe o quanto foi difícil. Mas elas são fortes, e jogar futsal é o que mais gostam de fazer, é quando elas esbanjam alegria. E foi isso que disse para elas”, relatou o técnico, que mais até do que de costume, fez papel de pai e psicólogo com o grupo. “Em quadra, temos que manter a rotina, temos um objetivo aqui e vamos em busca dele. Sobre o que aconteceu, nos resta agradecer a Deus por nada de mais grave ter ocorrido”, disse Adenor.
Costume salvou a goleira Tainá
A goleira reserva Tainá Caroline Ribeiro era a única que estava no lado da quadra onde ocorreu o acidente, havia entrado minutos antes na partida. Nesta sexta-feira, ela não atuou. Lembra exatamente de como tudo ocorreu: faltavam cerca de 9 minutos para acabar a partida, Lages vencia Pouso Redondo por 7 x 0. Numa cobrança de escanteio do time adversário, Tainá socou a bola para o outro lado e, enquanto todas as demais jogadoras correram atrás da bola, ela se escorou nas redes, como costuma fazer. Foi aí que tudo aconteceu e ela correu para junto das companheiras e do treinador, em seguida para o vestiário. “Foram segundos de horror, mas depois que nos demos conta do que houve, ficamos agradecidas por nada ter acontecido com as que estavam jogando e quem estava na arquibancada”, disse a goleira.
Árbitro da partida de quinta-feira, Guilherme Gehrke também retomou as atividades nesta sexta-feira. Nas lembranças, ficou principalmente o barulho da queda do ultraleve. Ele ajudou a prestar os primeiros socorros às vítimas, mas já não havia nada a ser feito. "Foi tudo muito rápido e muito próximo a nós, uma parte da aeronave veio parar ao lado do meu pé", contou.
Guilherme disse que na adrenalina de tudo que aconteceu, só bem mais tarde, já no hotel, começou a dimensionar o ocorrido. "Foi um pesadelo, mas por detalhes não testemunhamos uma tragédia ainda maior. As atletas estavam todas naquele lado da quadra segundos antes. Depois que tudo já tinha passado, fiquei pensando que, se por acaso tivesse parado o lance, ou mandado voltar a cobrança de escanteio, elas estariam todas ali. Realmente temos muito a agradecer por termos saído ilesos", relatou o árbitro.
Fonte: ederluiz.com
que elas jogavam na quinta-feira
A tradicional oração antes de entrar em quadra estava muito mais carregada de emoção, quase um agradecimento. Não fosse por isso, e por alguns rostos denunciando uma noite mal dormida, pareceria mais uma partida normal na rotina das meninas do futsal de Lages, que disputa a Regional Centro-Oeste dos Joguinhos Abertos, em Rio do Sul.
Mas o jogo contra Otacílio Costa, nesta sexta-feira pela manhã em outro ginásio, o da Metalúrgica Rio-sulense, estava muito longe de ser uma partida normal. Cerca de 15 horas antes, estas meninas passaram pelo maior susto de suas vidas. Estavam em quadra, no ginásio municipal de Lontras, quando um ultraleve despencou no local, matando os dois ocupantes. Elas escaparam, ilesas, para contar. E também para seguir em frente no que mais gostam de fazer: jogar futsal. Venceram por 8 a 2 e estão invictas na competição, que dá duas vagas para o Estadual dos Joguinhos, no fim de julho, em Caçador.
O técnico da equipe, Adenor Souza, contou que desde o momento do trágico acidente, praticamente ficou em tempo integral com as meninas, para acalmar as mais abaladas com tudo que viram. “Foi um filme de terror, algo que jamais vamos esquecer, só mesmo quem estava no ginásio sabe o quanto foi difícil. Mas elas são fortes, e jogar futsal é o que mais gostam de fazer, é quando elas esbanjam alegria. E foi isso que disse para elas”, relatou o técnico, que mais até do que de costume, fez papel de pai e psicólogo com o grupo. “Em quadra, temos que manter a rotina, temos um objetivo aqui e vamos em busca dele. Sobre o que aconteceu, nos resta agradecer a Deus por nada de mais grave ter ocorrido”, disse Adenor.
Costume salvou a goleira Tainá
A goleira reserva Tainá Caroline Ribeiro era a única que estava no lado da quadra onde ocorreu o acidente, havia entrado minutos antes na partida. Nesta sexta-feira, ela não atuou. Lembra exatamente de como tudo ocorreu: faltavam cerca de 9 minutos para acabar a partida, Lages vencia Pouso Redondo por 7 x 0. Numa cobrança de escanteio do time adversário, Tainá socou a bola para o outro lado e, enquanto todas as demais jogadoras correram atrás da bola, ela se escorou nas redes, como costuma fazer. Foi aí que tudo aconteceu e ela correu para junto das companheiras e do treinador, em seguida para o vestiário. “Foram segundos de horror, mas depois que nos demos conta do que houve, ficamos agradecidas por nada ter acontecido com as que estavam jogando e quem estava na arquibancada”, disse a goleira.
Árbitro da partida de quinta-feira, Guilherme Gehrke também retomou as atividades nesta sexta-feira. Nas lembranças, ficou principalmente o barulho da queda do ultraleve. Ele ajudou a prestar os primeiros socorros às vítimas, mas já não havia nada a ser feito. "Foi tudo muito rápido e muito próximo a nós, uma parte da aeronave veio parar ao lado do meu pé", contou.
Guilherme disse que na adrenalina de tudo que aconteceu, só bem mais tarde, já no hotel, começou a dimensionar o ocorrido. "Foi um pesadelo, mas por detalhes não testemunhamos uma tragédia ainda maior. As atletas estavam todas naquele lado da quadra segundos antes. Depois que tudo já tinha passado, fiquei pensando que, se por acaso tivesse parado o lance, ou mandado voltar a cobrança de escanteio, elas estariam todas ali. Realmente temos muito a agradecer por termos saído ilesos", relatou o árbitro.
Fonte: ederluiz.com