Jovem policial de 20 anos salva bebê de apenas um mês ao prestar orientações certeiras em Florianópolis
A Hora esteve presente no momento do reencontro
Papai de primeira viagem, Jean Rodrigues Bartolomeu, 22, levou um grande susto na noite da última terça-feira, no bairro dos Ingleses, em Florianópolis. Sua filha, Ana Luísa, de apenas um mês, dormia tranquilamente quando começou a se debater e ficar roxa.
A bebê não respirava. Desesperado, chamou a sogra — mãe de cinco — que não conseguiu ajudar. O estresse da situação não deixou a cabeça funcionar direito e os dedos de Jean, ao invés de ligarem para bombeiros ou Samu, discaram o número da polícia.
Do outro lado da linha, o aluno-soldado Maicon Manoelito de Farias, 29, sabia que a situação era atípica e tentou chamar os atendentes do Samu — que trabalham ao lado —, mas nenhum estava disponível. O policial lembrou que seu colega, aluno-soldado Vitor Thomaz Mendes, era treinado como bombeiro civil e sabia tudo de primeiros socorros.
— Pega ela no colo, vira o neném com a bunda para cima. Inclina ela com a cabeça um pouco para baixo e dá dois tapinhas nas costas — disse Vitor ao telefone.
.
Ana Luísa voltou a respirar. Aos 20 anos, Vitor salvou uma vida pela primeira vez. A mãe da bebê, Tatiana Veloso, 21, ainda chorava quando viu sua filha voltar a cor normal.
A pequena ainda vomitou sangue, foi levada para a Unidade de Pronto Atedimento (UPA) do Norte da Ilha. O Copom já havia avisado a unidade de saúde e Ana Luísa foi rapidamente levada ao médico. Ela havia se afogado com leite materno e o líquido foi para o pulmão, onde fez um coágulo. Atualmente, a pequena passa por tratamento com antibióticos, mas passa muito bem.
No aúdio abaixo, escute a ligação entre o Vitor e Jean:
Jean ainda ligou novamente para o Copom, agradecendo o atendimento. Nem Vitor, nem Maicon atenderam, mas todos saíram com a sensação de dever cumprido.
— Naquele dia todo mundo ficou perguntando como o bebê estava. Todo mundo foi embora feliz demais — relata Vitor.
Policial e salva-vidas
Vitor teve treinamento de bombeiro civil e já foi (mais do que nunca) salva-vidas. Ensinou primeiros socorros para acadêmicas do curso de cosmetologia da Univali — majoritariamente feminino — e sempre perguntou às alunas se elas queriam aprender como salvar um bebê afogado:
— Provavelmente todas elas seriam mães e todas pediam para eu ensinar — conta.
A chamada manobra de Heimlich é considerada uma das melhores maneiras de salvar uma pessoa afogada. Ela é usada tanto em bebês quanto em adultos (apesar de serem tecnicamente diferentes). Vitor diz que nunca precisou usar esse conhecimento na prática e afirma ser difícil de explicar "ainda mais por telefone".
Para relembrar mais facilmente da manobra, Vitor se levantou da cadeira enquanto fazia o atendimento.Quando a ligação terminou, foi elogiado pelo chefe. Ponto positivo para o aluno-soldado que tem um grande desejo em ser pai.
Um mês, dois sustos
Ana Luísa nasceu no dia 28 de março às 4h46min da madrugada com 57,5 centímetros e 3,9 quilos. Logo após o parto se afogou com líquido amniótico (ato popularmente conhecido por "beber água do parto") e precisou ficar internada por três dias. Exatamente um mês depois, o novo afogamento deixou os pais mais alertas do que nunca.
— Eu já não dormia bem, agora qualquer coisinha acordo — conta a mãe, Tatiana.
Segundo Jean, o acidente aconteceu porque não foram orientados que sua bebê não poderia dormir em berços ou camas. Depois do atendimento na UPA, Ana Luísa só dorme no bebê-conforto ou no colo dos pais para evitar um terceiro afogamento.
Fonte: HORA DE SANTA CATARINA
Papai de primeira viagem, Jean Rodrigues Bartolomeu, 22, levou um grande susto na noite da última terça-feira, no bairro dos Ingleses, em Florianópolis. Sua filha, Ana Luísa, de apenas um mês, dormia tranquilamente quando começou a se debater e ficar roxa.
A bebê não respirava. Desesperado, chamou a sogra — mãe de cinco — que não conseguiu ajudar. O estresse da situação não deixou a cabeça funcionar direito e os dedos de Jean, ao invés de ligarem para bombeiros ou Samu, discaram o número da polícia.
Do outro lado da linha, o aluno-soldado Maicon Manoelito de Farias, 29, sabia que a situação era atípica e tentou chamar os atendentes do Samu — que trabalham ao lado —, mas nenhum estava disponível. O policial lembrou que seu colega, aluno-soldado Vitor Thomaz Mendes, era treinado como bombeiro civil e sabia tudo de primeiros socorros.
— Pega ela no colo, vira o neném com a bunda para cima. Inclina ela com a cabeça um pouco para baixo e dá dois tapinhas nas costas — disse Vitor ao telefone.
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A pequena ainda vomitou sangue, foi levada para a Unidade de Pronto Atedimento (UPA) do Norte da Ilha. O Copom já havia avisado a unidade de saúde e Ana Luísa foi rapidamente levada ao médico. Ela havia se afogado com leite materno e o líquido foi para o pulmão, onde fez um coágulo. Atualmente, a pequena passa por tratamento com antibióticos, mas passa muito bem.
No aúdio abaixo, escute a ligação entre o Vitor e Jean:
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Jean ainda ligou novamente para o Copom, agradecendo o atendimento. Nem Vitor, nem Maicon atenderam, mas todos saíram com a sensação de dever cumprido.
— Naquele dia todo mundo ficou perguntando como o bebê estava. Todo mundo foi embora feliz demais — relata Vitor.
Policial e salva-vidas
Vitor teve treinamento de bombeiro civil e já foi (mais do que nunca) salva-vidas. Ensinou primeiros socorros para acadêmicas do curso de cosmetologia da Univali — majoritariamente feminino — e sempre perguntou às alunas se elas queriam aprender como salvar um bebê afogado:
— Provavelmente todas elas seriam mães e todas pediam para eu ensinar — conta.
A chamada manobra de Heimlich é considerada uma das melhores maneiras de salvar uma pessoa afogada. Ela é usada tanto em bebês quanto em adultos (apesar de serem tecnicamente diferentes). Vitor diz que nunca precisou usar esse conhecimento na prática e afirma ser difícil de explicar "ainda mais por telefone".
Para relembrar mais facilmente da manobra, Vitor se levantou da cadeira enquanto fazia o atendimento.Quando a ligação terminou, foi elogiado pelo chefe. Ponto positivo para o aluno-soldado que tem um grande desejo em ser pai.
Um mês, dois sustos
Ana Luísa nasceu no dia 28 de março às 4h46min da madrugada com 57,5 centímetros e 3,9 quilos. Logo após o parto se afogou com líquido amniótico (ato popularmente conhecido por "beber água do parto") e precisou ficar internada por três dias. Exatamente um mês depois, o novo afogamento deixou os pais mais alertas do que nunca.
— Eu já não dormia bem, agora qualquer coisinha acordo — conta a mãe, Tatiana.
Segundo Jean, o acidente aconteceu porque não foram orientados que sua bebê não poderia dormir em berços ou camas. Depois do atendimento na UPA, Ana Luísa só dorme no bebê-conforto ou no colo dos pais para evitar um terceiro afogamento.
Fonte: HORA DE SANTA CATARINA