Em Santa Catarina, pouco mais da metade dos trabalhadores em atividades industriais completaram o Ensino Médio. O índice de 53% dos funcionários com escolaridade básica completa é menor que o brasileiro (55%). Os dados são do primeiro dossiê da formação educacional do trabalhador do Estado, lançado pela Fiesc. O estudo pretende ser o ponto de partida para a criação de ações dentro das empresas que tenham o poder de elevar o nível educacional dos colaboradores.
Emprego e educação estão em lados opostos em Santa Catarina. O percentual de trabalhadores da indústria com escolaridade básica completa é menor no Estado do que no Brasil. E uma das explicações para o índice pode estar justamente em uma conquista de SC: a oferta de empregos. A demanda por profissionais na indústria é tão alta que os recrutadores tiveram que descer a régua das qualificações exigidas.
De acordo com um dossiê realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), 53% dos profissionais em atividades industriais no Estado completaram a educação básica (Ensino Fundamental e Médio). O índice catarinense é menor do que o brasileiro (55%) e o do Paraná (54%). A média da região Sul é de 52%.
No Centro-Norte de SC, que compreende cidades como Caçador, Videira, Timbó e Canoinhas, foi a que apresentou o pior resultado: 42% dos colaboradores da indústria têm educação básica completa.
A líder do Movimento a Indústria pela Educação, da Fiesc, Leocádia Maccagnan, diz que o estudo mostra duas realidades diferentes em relação ao trabalho no Estado. Segundo ela, regiões mais industrializadas, como o Vale do Itajaí, apresentam índices menores de escolaridade, em função do valor que as pessoas dão ao trabalho. Igualmente, regiões menos industrializadas, como a já citada Centro-Norte, registram baixos percentuais, porque, como explica a coordenadora, os jovens partem cedo para o mercado de trabalho por necessidade financeira.
Menos exigência para contratar
Seja qual for a motivação, os trabalhadores com escolaridade incompleta encontraram caminho livre para ocupar cargos em atividades industriais no Estado. Leocádia afirma que, em comparação há 10 anos, caíram as exigências na contratação de profissionais.
- A condição de praticamente pleno emprego do Estado baixou a exigência. De qualquer maneira, pedir novamente o Ensino Médio completo na contratação não é uma saída.
De acordo com ela, a melhor solução para aumentar os índices de escolaridade dos trabalhadores é apoiar a indústria nas ações internas de educação. Até porque, como ela destaca, as empresas têm muito a perder com a baixa formação dos profissionais, principalmente em produtividade. A coordenadora lembra que, no mesmo tempo, um trabalhador brasileiro produz 20% do que produz um americano.
O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, reforça que uma das principais razões da baixa produtividade na indústria é a escolaridade insuficiente. Segundo ele, todos os indicadores mostram que a educação é o primeiro fator capaz de aumentar a competitividade. Na análise do presidente, a educação provoca um efeito em cadeia:
- Quando a indústria se torna mais competitiva, cresce a sua capacidade de investimentos e de expansão. Há um estudo do [Instituto de Ensino e Pesquisa] Insper que mostra que há um aumento de 10% nos salários da indústria para cada ano de escolaridade do trabalhador.
Fonte: Rádio Videira AM
Emprego e educação estão em lados opostos em Santa Catarina. O percentual de trabalhadores da indústria com escolaridade básica completa é menor no Estado do que no Brasil. E uma das explicações para o índice pode estar justamente em uma conquista de SC: a oferta de empregos. A demanda por profissionais na indústria é tão alta que os recrutadores tiveram que descer a régua das qualificações exigidas.
De acordo com um dossiê realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), 53% dos profissionais em atividades industriais no Estado completaram a educação básica (Ensino Fundamental e Médio). O índice catarinense é menor do que o brasileiro (55%) e o do Paraná (54%). A média da região Sul é de 52%.
No Centro-Norte de SC, que compreende cidades como Caçador, Videira, Timbó e Canoinhas, foi a que apresentou o pior resultado: 42% dos colaboradores da indústria têm educação básica completa.
A líder do Movimento a Indústria pela Educação, da Fiesc, Leocádia Maccagnan, diz que o estudo mostra duas realidades diferentes em relação ao trabalho no Estado. Segundo ela, regiões mais industrializadas, como o Vale do Itajaí, apresentam índices menores de escolaridade, em função do valor que as pessoas dão ao trabalho. Igualmente, regiões menos industrializadas, como a já citada Centro-Norte, registram baixos percentuais, porque, como explica a coordenadora, os jovens partem cedo para o mercado de trabalho por necessidade financeira.
Menos exigência para contratar
Seja qual for a motivação, os trabalhadores com escolaridade incompleta encontraram caminho livre para ocupar cargos em atividades industriais no Estado. Leocádia afirma que, em comparação há 10 anos, caíram as exigências na contratação de profissionais.
- A condição de praticamente pleno emprego do Estado baixou a exigência. De qualquer maneira, pedir novamente o Ensino Médio completo na contratação não é uma saída.
De acordo com ela, a melhor solução para aumentar os índices de escolaridade dos trabalhadores é apoiar a indústria nas ações internas de educação. Até porque, como ela destaca, as empresas têm muito a perder com a baixa formação dos profissionais, principalmente em produtividade. A coordenadora lembra que, no mesmo tempo, um trabalhador brasileiro produz 20% do que produz um americano.
O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, reforça que uma das principais razões da baixa produtividade na indústria é a escolaridade insuficiente. Segundo ele, todos os indicadores mostram que a educação é o primeiro fator capaz de aumentar a competitividade. Na análise do presidente, a educação provoca um efeito em cadeia:
- Quando a indústria se torna mais competitiva, cresce a sua capacidade de investimentos e de expansão. Há um estudo do [Instituto de Ensino e Pesquisa] Insper que mostra que há um aumento de 10% nos salários da indústria para cada ano de escolaridade do trabalhador.
Fonte: Rádio Videira AM