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Conheça o trabalho de pessoas que se dedicam para manter conservada a Ferrovia no Meio-Oeste

Quem passeia ou vai até a Estação Ferroviária de Piratuba nos finais de semana para acompanhar a chegada ou a partida da centenária Maria Fumaça e seu comboio de vagões, talvez não sabe que um grupo de trabalhadores, apaixonados por Trem, cumpre um importante papel para que tudo corra na mais perfeita ordem e segurança.

  No último sábado (03) nossa equipe de reportagem excursionou pelos bastidores do Passeio para contar a rotina de dois colaboradores da Associação Brasileira de Preservação das Ferrovias (ABPF). Jeferson Dhein e Dário Pedrinho Appel são contratados pela CMF, uma empresa com sede em Rio Negrinho em SC, para fazer a manutenção do trecho entre Piratuba (SC) e Marcelino Ramos (RS). Eles percorrem de terça a sábado, todas as semanas, o trecho de 25 quilômetros em busca de problemas que possam colocar em risco a composição.  “A gente faz nivelamento, troca dormentes deteriorados e todo trabalho de infraestrutura para evitar por exemplo um descarrilho” explicou Jéferson Dhein. Muitas pedras são retiradas dos trilhos, uma vez que eles cortam um vale cercado por encostas rochosas.

   Um trabalho de bastidor e extremamente importante executado durante 8h por dia e a bordo de um meio de transporte que com certeza é desconhecido para as gerações mais novas. O veículo usado pelos colaboradores é um “Auto de Linha” e que foi doado pela extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA). O veículo, que provavelmente tem mais de 70 anos, é na verdade uma Rural Willys que foi adaptada para transitar por trilhos e com capacidade para rebocar pequenas unidades.  São três eixos, com rodas de trem, e sem direção. No cockpit é encontrado o acelerador, a embreagem, o freio e a alavanca de marcha. Para quem está acostumado com os veículos tradicionais a cena é curiosa. “Ele é todo original, até mesmo o macaco que usamos para retorno é ainda da RFFSA” explicou Jéferson.

  A reportagem também acompanhou o procedimento de manobra que é no mínimo curioso para não dizer estranho. Usando um macaco, acionado por força humana, o “Auto de Linha” é suspendo dos trilhos em questão de 2 minutos e em seguida é girado facilmente pelos dois colaboradores, mudando o sentido. Uma engenhoca simples, prática e que desperta a atenção de quem nunca viu algo semelhante.

Assista o vídeo abaixo é veja como é feita a manobra. E lembre-se, enquanto você passeia, se diverte tem gente batalhando e dando duro para garantir sua segurança e tranquilidade nesta verdadeira viagem ao passado:













Fonte: www.portaldemarcelino.com.br