Autoridades não confirmam nova onda
de atentados, mas preocupação é grande
Os cinco atentados a ônibus no fim de semana e as rebeliões em cadeias e presídios nos últimos dias chamam atenção para uma nova ação do crime organizado em Santa Catarina. Um ano e dois meses depois de transferir líderes para prisões federais, requisitar a vinda da Força Nacional de Segurança e deflagrar uma megaoperação contra o Primeiro Grupo Catarinense (PGC), neste momento, as autoridades de segurança são cautelosas ao determinar qual seria a causa da nova onda de violência nas ruas e dentro das cadeias.
Mesmo afirmando não ter a informação concreta dos setores de inteligência que associe os fatos a ordens do crime organizado, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) determinou alerta em todas as unidades das polícias Civil e Militar. A situação difere dos episódios do passado, quando interceptações e informantes detectaram o chamado "salve-geral" (ordem para delitos em sequência) deflagrado pela facção criminosa.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nazareno Marcineiro, anunciou o estado de alerta e determinou que cada comando local tome medidas estratégicas para evitar novos ataques. Mesmo assim, a corporação trata os casos ocorridos no fim de semana (leia ao lado), como vandalismo. Para a Polícia Civil, no entanto, não se descarta a possibilidade de que os incêndios tenham sido orquestrados pelo crime organizado:
— A mobilização prevê 24 horas de monitoramento pela Deic. A ação está sendo compartilhada em todo Estado — explicou o delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D'Ávila.
Estado promete medidas caso acordo não seja selado
A greve dos agentes prisionais, que teria motivado a suspensão de benefícios dos detentos e possivelmente causado os últimos ataques, pode ser solucionada nesta segunda-feira em reunião entre o Estado e a categoria. É o que espera o Secretário de Justiça e Cidadania, Sady Beck Junior. Segundo ele, caso a paralisação não encerre, medidas contundentes serão tomadas pela segurança nas cadeias.
Após três semanas de greves de agentes penitenciários, as cenas de terror voltaram a assolar o Estado. Entre a noite de sexta-feira e de sábado, cinco ônibus foram consumidos pelas chamas em ataques que têm muitas semelhanças aos ocorridos anteriormente.
Foram três veículos incendiados em Criciúma, no Sul de SC, um em Florianópolis e, no sábado, em Joinville, Norte de SC, o terceiro caso foi registrado. Somados com duas ocorrências em Balneário Camboriú e Florianópolis, semana passada, são sete os ataques durante a greve dos agentes.
Um princípio de rebelião e duas tentativas de fuga foram registrados no Presídio Regional de Araranguá, no Sul do Estado, ontem à tarde. O tumulto começou depois que dois presos tentaram fugir durante o horário de visitas, fazendo com que familiares, incluindo crianças, tivessem que deixar o prédio.
Fonte: Diário Catarinense
de atentados, mas preocupação é grande
Os cinco atentados a ônibus no fim de semana e as rebeliões em cadeias e presídios nos últimos dias chamam atenção para uma nova ação do crime organizado em Santa Catarina. Um ano e dois meses depois de transferir líderes para prisões federais, requisitar a vinda da Força Nacional de Segurança e deflagrar uma megaoperação contra o Primeiro Grupo Catarinense (PGC), neste momento, as autoridades de segurança são cautelosas ao determinar qual seria a causa da nova onda de violência nas ruas e dentro das cadeias.
Mesmo afirmando não ter a informação concreta dos setores de inteligência que associe os fatos a ordens do crime organizado, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) determinou alerta em todas as unidades das polícias Civil e Militar. A situação difere dos episódios do passado, quando interceptações e informantes detectaram o chamado "salve-geral" (ordem para delitos em sequência) deflagrado pela facção criminosa.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nazareno Marcineiro, anunciou o estado de alerta e determinou que cada comando local tome medidas estratégicas para evitar novos ataques. Mesmo assim, a corporação trata os casos ocorridos no fim de semana (leia ao lado), como vandalismo. Para a Polícia Civil, no entanto, não se descarta a possibilidade de que os incêndios tenham sido orquestrados pelo crime organizado:
— A mobilização prevê 24 horas de monitoramento pela Deic. A ação está sendo compartilhada em todo Estado — explicou o delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D'Ávila.
Estado promete medidas caso acordo não seja selado
A greve dos agentes prisionais, que teria motivado a suspensão de benefícios dos detentos e possivelmente causado os últimos ataques, pode ser solucionada nesta segunda-feira em reunião entre o Estado e a categoria. É o que espera o Secretário de Justiça e Cidadania, Sady Beck Junior. Segundo ele, caso a paralisação não encerre, medidas contundentes serão tomadas pela segurança nas cadeias.
Após três semanas de greves de agentes penitenciários, as cenas de terror voltaram a assolar o Estado. Entre a noite de sexta-feira e de sábado, cinco ônibus foram consumidos pelas chamas em ataques que têm muitas semelhanças aos ocorridos anteriormente.
Foram três veículos incendiados em Criciúma, no Sul de SC, um em Florianópolis e, no sábado, em Joinville, Norte de SC, o terceiro caso foi registrado. Somados com duas ocorrências em Balneário Camboriú e Florianópolis, semana passada, são sete os ataques durante a greve dos agentes.
Um princípio de rebelião e duas tentativas de fuga foram registrados no Presídio Regional de Araranguá, no Sul do Estado, ontem à tarde. O tumulto começou depois que dois presos tentaram fugir durante o horário de visitas, fazendo com que familiares, incluindo crianças, tivessem que deixar o prédio.
Fonte: Diário Catarinense