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Mesmo afastado prefeito recebe salário de R$ 10 mil

Situação do prefeito de Erval Velho foi denunciada pela câmara de vereadores


O Jornal Raízes Diário divulgou nesta sexta-feira, 25, uma reportagem embasada em denúncia feita pela câmara de vereadores de Erval Velho, que mostra que mesmo afastado de suas funções por ordem do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), o prefeito Walter Kleber Kucher Junior segue recebendo salário pela função pública.

Segundo a reportagem, a informação foi confirmada na noite da última terça-feira, durante sessão da câmara de vereadores. O Poder Legislativo recebeu cópia da folha de pagamento de todos os funcionários atendendo ao requerimento do vereador Severino Jaime Schmitt (PP). Conforme o documento, o salário do prefeito afastado sem descontos é de R$ 10.768,06, o mesmo que é recebido pelo prefeito em exercício Reginaldo Alberto Lisot (DEM). Os valores são referentes ao mês de março. 

De acordo com o autor do requerimento, a resposta da administração foi efetivada em uma semana. Ele considera incoerente o recebimento do salário pelo prefeito afastado e ressalta que a administração alega estar embasada em lei para continuar depositando na conta de Kucher os vencimentos. Procurado nesta quarta e quinta-feira, o prefeito em exercício Reginaldo Lisot não retornou às ligações em seu celular e o prefeito afastado está com o celular na caixa postal.

O Afastamento 


No dia 5 de dezembro de 2013, a Câmara de Vereadores de Erval Velho aprovou por unanimidade o pedido de afastamento do político. A solicitação partiu do próprio prefeito alegando precisar se afastar da prefeitura por tempo indeterminado a fim de cumprir mandado judicial que foi expedido pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. 

Desde então a prefeitura está sob a responsabilidade do vice-prefeito. Kucher é um dos investigados pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na operação Fundo do Poço. No dia 28 de novembro durante força-tarefa, o Gaeco cumpriu mandados de busca e apreensão em diversos municípios das regiões serrana, Meio-Oeste e Oeste catarinense. 


O prefeito é investigado por ter sido secretário de Administração de Erval Velho nos anos de 2011 e 2012 quando foram firmados contratos com uma empresa investigada por fraudes em licitações e que prestou serviços de perfuração de poços artesianos no município. Inicialmente, seriam dois processos licitatórios sob investigação do Ministério Público, que visa apurar a regularidade das contratações. No total foram 20 prisões pela operação, 19 em Santa Catarina e uma no Paraná.

Fonte: ederluiz.com