São Paulo - Passados 21 anos e meio do massacre do Carandiru, quando 111 presos foram mortos durante uma rebelião no pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção, na zona norte de São Paulo, chegou ao fim, ontem, o júri dos policiais militares acusados pelos assassinatos.
Após as quatro etapas de julgamento, 73 dos 76 policiais que sentaram no banco dos réus foram condenados a penas que, somadas, chegam a 20.876 anos de prisão.
Todos recorrerão em liberdade. Três policiais foram absolvidos por falta de provas. Ontem, 15 PMs que atuaram no terceiro andar do prédio foram condenados a 48 anos de prisão cada um pelas mortes de quatro presos.
O julgamento do massacre, que foi dividido em blocos, conforme os andares do prédio, teve início há um ano.
Em todas as etapas, prevaleceu a tese da acusação de que não é necessário individualizar as condutas, ou seja, dizer quais mortes foram cometidas por determinado réu.