Vítima recebeu diversos golpes com barras de ferro e pedradas na cabeça
Fonte: Rádio Catarinense
O jovem de 20 anos acusado de envolvimento na morte do pedreiro Raimundo Nonato Araújo e Silva, de 32 anos, em dezembro de 2012 em Joaçaba, será julgado no mês que vem. O júri popular foi marcado pela Justiça para o dia 11 de abril, a partir das 9h na sala de audiências do fórum de Joaçaba. O sorteio dos 25 jurados que deverão comparecer e poderão atuar na sessão de julgamento
acontecerá no dia 4 de abril, às 14h30. Isaías Lautério está detido no presídio regional de Joaçaba desde o dia 25 de janeiro de 2013. O crime ocorreu na madrugada do dia 1º de dezembro de 2012 no estacionamento de um bar às margens da BR-282 em Joaçaba, na saída para Lacerdópolis. O crime teve ainda a participação de dois adolescentes, um de 14 anos e outro de 17 anos, por isso está em segredo de justiça.
Raimundo Nonato Araújo e Silva foi assassinado com requintes de crueldade. O crime ocorreu por volta das 6h. Testemunhas disseram que teria ocorrido um desentendimento no local e que um grupo decidiu investir contra a vítima. Silva era conhecido por Ceará, natural do Maranhão, trabalhava como pedreiro em Joaçaba e foi morto a chutes, pedradas e pauladas. Os agressores também usaram uma barra de ferro encontrada próximo ao corpo. Os ferimentos atingiram principalmente a cabeça. Raimundo chegou ao bar de táxi, pediu uma cerveja e logo em seguida foi abordado. Dois adolescentes foram apreendidos pela polícia suspeitos de participação no crime. Na camiseta de um dos menores foram encontradas manchas de sangue.
Isaías Lautério foi preso pela Polícia Civil de Joaçaba, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC) e apoio da Polícia Militar. Ele foi detido na casa dos pais em Linha Gramado, interior de Erval Velho. O suspeito não esboçou reação. Ele foi trazido à Delegacia de Polícia de Joaçaba onde prestou depoimento ao delegado regional Ademir Tadeu de Oliveira. Segundo informações da polícia, após o crime Isaías Lautério teria ido para a casa de um amigo que mora no bairro Brasília em Herval d’ Oeste. Ele disse que foi de carona com um desconhecido em um Ford Ka. O que chamou a atenção dos policiais é que o detido afirmou ter ficado no mato pelo período se alimentando, inclusive, de plantas e raízes. Ele teria ido, segundo a polícia, para Erval Velho na casa dos pais justamente no dia em que foi preso.
Lautério revelou em entrevista a Rádio Catarinense que sabia que estava sendo procurado, por isso se escondeu para não ser preso. Um mandado de prisão já havia sido expedido pelo Poder Judiciário de Joaçaba. Lautério disse ainda que tinha passagem pela polícia por furto ainda na adolescência. O suspeito afirmou que apenas aplicou chutes na vítima, que segundo ele, não era seu conhecido, e que havia consumido grande quantidade de bebida alcoólica.
Já o Ministério Público argumenta que a vítima teria se negado a fornecer um cigarro a um dos agressores, causando a ira do grupo, a maioria moradores do bairro Nossa Senhora Aparecida de Herval d’ Oeste e integrantes da facção “Gangue do Porquinho”. Para o MP, Isaías Lautério foi quem, com uma barra de ferro utilizada como sinalizador de trânsito, desferiu um potente golpe contra a cabeça da vítima, derrubando-a ao solo. O advogado de defesa do réu é Luan Fernando Dias.
Fonte: Rádio Catarinense