Quadros e objetos de decoração ganham vida em materiais que vão para no lixo.
No atelier improvisado dentro da casa o lixo ganha vida nas telas. (Fotos: Éder Luiz.com) |
Diante da falta de condições para sustentar sua família, um morador de Joaçaba buscou apoio do Éder Luiz.com para poder ter alguma esperança. Os nomes não serão divulgados por que a família de três integrantes tem entre eles um menino de 2 anos e por que a esposa passa por problemas de saúde.
Com aluguéis e faturas de energia atrasadas o único sustento vinha atualmente da venda de quadros que a esposa pinta quando consegue sair da cama. O marido teve que deixar o trabalho de pedreiro para poder cuidar dela e do filho, assim as contas foram se acumulando e a falta de renda levou a uma situação desesperadora. “Teve dias que sai sem rumo pelas ruas pedindo ajuda das pessoas, como ontem à noite quando meu filho teve febre e eu não tinha dinheiro para comprar remédio”.
A família é assistida pelo Creas e pelo Cras de Joaçaba, recebendo uma cesta básica por mês, mas não é o suficiente na situação atual. A criança recebia leite do município, mas ao completar dois anos passou a não receber mais. Mesmo assim eles dizem que o atendimento que recebem é digno e não tem reclamações do órgão municipal.
Esperança do lixo
Quando o marido deixou o trabalho de pedreiro para poder cuidar da esposa, que não tinha forças para sair da cama, a situação piorou muito. Foi nesta hora que eles passaram a apanhar no lixo garrafas, embalagens e pedaços de madeira. Tudo isso virou arte, em quadros e objetos de decoração. A própria casa é muito bem decorada, paredes e até o chão tem vida por conta do capricho do casal. “Deixamos tudo bonito, arrumado, colorido para que nosso filho veja beleza aqui e que tenha alegria”. Contam. Foi a arte esculpida nos objetos que jogamos fora que sustentou por algum tempo a família. “Vendia as peças por 10, 20 ou 30 reais, bem menos do que poderiam valer, mas era o que nos ajudava. Só que em muitos casos as pessoas falavam mal, diziam que não iam comprar, que era para eu ir trabalhar, como se eu tivesse outra opção, como se soubessem por que eu estava ali”. Revelou o homem com lágrimas nos olhos.
Mesmo assim, a esperança do casal é que alguém se interesse em comprar alguma peça e ajude no valor que devem no aluguel e na luz, além de conseguirem dinheiro para o sustento da família. “Não queremos pedir nada sem dar algo em troca, que seja por hora o trabalho da minha esposa, que é uma guerreira e que luta com as poucas forças que tem”. Diz o marido.
Questionamos a família sobre a possibilidade de o homem voltar a trabalhar e do menino ser colocado em uma creche municipal. A mulher disse que se surgir um emprego ela estaria disposta a superar seus problemas para que ele voltasse a poder sustentar a família. Entramos em contato com o Cras e há interesse em ajudar a colocar a criança na creche. Portanto, se alguma empresa tiver interesse terá que estar ciente de todos os problemas da família, que somente com um gesto de quem queira ajudar poderá se reestruturar.
Os quadros da galeria desta reportagem estão todos a venda. Os valores variam de R$ 50,00 até R$ 150,00. Os objetos decorativos de R$ 30,00 a R$ 50,00.
Se alguém tiver interesse em comprar e dar esperanças a família pode entrar em contato aqui mesmo pelos comentários do site, por e-mail, ou mesmo pelo Facebook. Assim como quem puder oferecer trabalho ou emprego ao pai.
A situação que recebemos e mostramos nesta reportagem foi repassada ao Cras antes mesmo dela ir ao ar.
Devido ao grande número de pessoas que querem ajudar, estamos disponibilizando o telefone de contato da família: (49) 8850-1298
Fonte: ederluiz.com