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Simae descarta racionamento de água na região

Mesmo não havendo previsão para um possível racionamento ou corte no abastecimento de água, 
a sugestão é que o bem seja usado de forma racional

O intenso calor registrado nos dois primeiros meses do ano em praticamente todos os municípios do Brasil, tem provocado racionamento, interrupções no abastecimento e até falta de água em muitas cidades do país. No Meio-Oeste catarinense a previsão dos meteorologistas é de que as temperaturas possam chegar ao maior número observado em cem anos. 

Mesmo com todas as previsões, os municípios abastecidos pelo Sistema Intermunicipal de Água e Esgoto (Simae), tem mantido regularidade no abastecimento e a previsão é de que a população não precise passar por racionamento.

De acordo com Elizabet Maria Zanela Sartori, Diretora Presidente do Simae, nos 35 anos em que ela trabalha com saneamento básico, esse é o ano a nível nacional em que estão ocorrendo mais problemas de falta de água, capacidade de abastecimento e volume de manancial.

Razões para a falta de água 

Elizabet explica que as duas razões que fazem com que falte água é a inexistência de um manancial que supra a necessidade de abastecimento e a falta de infraestrutura necessária para retirar o volume de água da natureza, tratar, distribuir e armazenar.

Outras razões que fazem com que o volume de água seja insuficiente são o calor excessivo e a topografia acidentada da região. Os acidentes topográficos não permitem que a chuva penetre no solo e fique retida, apenas passe rapidamente pelos cursos d’água escoando. 

Um dos motivos de a região não registrar grandes problemas no abastecimento é a boa resistência do Rio do Peixe. Por banhar 29 municípios e possuir uma extensão de 299 quilômetros, sempre em alguma parte do seu percurso está chovendo, garantindo um bom volume de água.

População flutuante 

Elizabet explica que Joaçaba principalmente devido à universidade, possui uma população flutuante que aumenta em 10 a 15% aproximadamente durante o período de aulas. Porém, na fase crítica compreendida entre a metade de dezembro e o fim de janeiro, esse contingente de pessoas não está na cidade, promovendo um equilíbrio no consumo de água.

Locais críticos 

Nos três municípios de responsabilidade do Simae, alguns problemas já foram observados em comunidades rurais que não possuem um bom manancial. Elizabet informou que essas comunidades são abastecidas por poços artesianos particulares e açudes que não conseguem manter volume de água durante a estiagem. A solução dos moradores é utilizar dos poços do Simae para abastecer aviários, confinamento de suínos e de gado comprometendo a capacidade de recuperação dos poços.

No ano de 2013 foram observados problemas nas comunidades de Nova Petrópolis, onde foi perfurado um poço no aquífero Guaraní, em Santa Helena, abastecida por uma nascente superficial, em Sede Belém no município de Herval d’Oeste, que possui um poço com uma vazão limitada e onde está sendo feito um controle rigoroso no abastecimento.

O ano em que o Simae registrou o período mais crítico foi em 2009 quando nos meses de março, abril e maio, houve um volume baixíssimo de chuvas, comprometendo até o Rio do Peixe.

Para Elizabet a solução seria um planejamento para que em cada propriedade ou edificação que possua um telhado maior, fossem construídos locais para a captação e retenção de água da chuva.

Conscientização da população 


Mesmo não tendo previsão de racionamento e falta de água, Elizabet alerta a população para que use racionalmente a água, não utilizando-a para lavar calçadas e veículos. Outro pedido foi para que em caso de identificação de vazamento de água ou problemas com a tubulação, o Simae seja prontamente avisado para providenciar o reparo.

Fonte: ederluiz.com