Em Joaçaba processos de licenciamento ambiental
estão se acumulando devido à falta de servidores.
Depois dos Policiais Civis de Santa Catarina, agora são os servidores da Fundação do Meio Ambiente (FATMA) que vão realizar
Foto: Giuliano Pedroso/Jornal Diário do Vale
estão se acumulando devido à falta de servidores.
Dário Francio, superintendente da FATMA em Caçador, atende desde novembro a regional de Joaçaba. |
uma paralisação reivindicando melhorias salariais. Desde segunda-feira (10), os funcionários das superintendências regionais estão trabalhando apenas com serviços internos e cruzando os braços. Na segunda-feira foram duas horas, na terça-feira (11) passou para três horas, das 15h às 18 horas, já na quarta-feira (12) serão quatro horas da paralisação. Na quinta-feira (13) os servidores deverão ficar todo o expediente paralisado.
Segundo um comunicado que está fixado na porta da instituição de Joaçaba, a FATMA já perdeu 80% dos servidores do concurso público realizado ainda em 2008 e contínua a perder cada vez mais. A cada servidor que pede a exoneração significa o dobro de processos para aquele que fica aumentando ainda mais o tempo de espera para analise do processo. Além disso, novos servidores demandam treinamento, gastos com combustível e diária.
Dário Francio que é superintendente da FATMA em Caçador, no meio-oeste e está atendendo desde novembro a regional de Joaçaba, devido o afastamento de Fabiano Piovezan, revelou que as reivindicações dos servidores são legitimas e ainda denunciou que faltam técnicos ambientais em todas as regionais. “São quase três meses que estou respondendo pela coordenação aqui em Joaçaba. A regional manteve as atividades normais nos últimos meses, mas as equipes são deficientes em termos de quantidade de pessoal. Isso acontece com os funcionários de Caçador, Lages, Concórdia, Chapecó e São Miguel do Oeste. É uma questão institucional do Estado. É uma dificuldade de poder contratar. Existe uma mobilização dos servidores da FATMA. Há 11 anos foi instituída uma diária para efetuar os trabalhos e essa diária continua a mesma até hoje. Eu viajo a Florianópolis com uma diária de R$ 110 e isso acontece em todo o estado”, declarou Dário.
Para o superintendente a paralisação serve para chamar a atenção do Governo do Estado. “Nós acompanhamos ontem a paralisação que aconteceu em Caçador e os funcionários de lá nos passaram que é uma questão de reajuste salarial, o não encaminhamento para a Alesc de uma gratificação que havia sido prometida há dois anos. Estava programado para ser encaminhado para a Assembleia Legislativa e agora nós estamos aguardando o desenvolver desses fatos. Nós aguardávamos uma implementação, uma gratificação salarial que isso na questão da área técnica não resolveria tudo, mas em partes”, explicou Dário.
FATMA em Caçador
O Superintendente Dário Francio desabafou sobre a estrutura da unidade naquele município foi prejudicada depois de um forte temporal que danificou a cobertura da estrutura e molho móveis, equipamentos e quase 4 mil processos. “Desde 11 de janeiro a equipe de 10 técnicos ambientais de Caçador estão lotado em uma pequena sala de três por quatro metros. Tudo foi jugado fora depois que nossa estrutura foi inundada em Caçador”, revelou Dário. Desde do mês passado o serviço está prejudicado.
Regional de Joaçaba
Para Dário Francio, a regional da FATMA no município tem uma excelente equipe, mas os processos de licenciamento ambiental estão se acumulando devido à falta de servidores. São 17 técnicos ambientais que respondem por 34 municípios da região, mas são apenas sete técnicos responsáveis pelas visitas nas propriedades e também a liberação de licenças ambientais.
Foto: Giuliano Pedroso/Jornal Diário do Vale