Deputado usou tribuna para atacar Ministério Público de Santa Catarina e disse que vai continuar lutando pela instauração de CPI
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Fonte: Diário Catarinense
Romildo Titon (PMDB) falou pela primeira vez, na manhã desta quinta-feira, sobre seu afastamento da presidência da Assembleia Legislativa na última quarta-feira. Titon subiu na tribuna e desafiou o Ministério Público a provar as acusações sobre o envolvimento nas irregularidades inestigadas na Operação Fundo do Poço. Após o pronunciamento, Titon entrou em seu gabinete e se reuniu com o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, Ari Veck, secretário adjunto da Casa Civil, Luiz Henrique da Silveira, Valdir Cobalchini e Antonio Aguiar, além dos deputados Edson Andrino, Dirce Heiderscheidt, Carlos Chiodin, Mauro de Nadal e Moacir Sopelsa.
Titon afirma que os recursos encaminhados aos municípios não foram intermediados por ele e que é fácil para a imprensa ter acesso à origem do dinheiro. Ele, inúmeras vezes, cita a CPI que busca assinatura das deputados para investigar fraudes no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e diz que foi atingido pelo órgão por defender a iniciativa.
— Queria dizer aos meus colegas: hoje eu sou vítima, não posso falar muito. Mas diria o seguinte, hoje é comigo, amanhã pode ser com um de vocês — afirma, em parte do discurso.
O deputado ainda comenta o envolvimento do procurador-geral de Justiça, Lio Marin, chefe do MPSC, que estaria se reunido com grandes lideranças dos partidos para evitar que a CPI seja instauranda. Titon lamenta estar sendo condenado por uma denúncia que ainda não foi apressiada pelo Tribunal de Justiça e garante que não deixará de utilizar a tribuna para se pronunciar, apesar de ter sido afastado da presidência.
— Se quiseram mandar recado pegaram a pessoa errada. Não sou frouxo, não tenho medo deles. Se ninguém tem peito para enfrentar eu vou. Eles não vão me tirar a tribuna que o povo me deu — comenta.
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Fonte: Diário Catarinense