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Mesmo após vistoria de técnicos do Ministério da Saúde, UPA 24h está sem data para funcionamento

A previsão é de que o UPA 24h desafogue aproximadamente 70% dos atendimentos 
realizados na emergência do HUST em Joaçaba.
A obra foi concluída em dezembro de 2013 e recebeu
investimento de R$ 1,4 milhão do governo federal.
Estrutura erguida, obra finalizada, mas sem móveis, equipamentos e trabalhadores da área da saúde. Essa é a situação da UPA - Unidade de Pronto Atendimento 24 horas que está situada no entroncamento com a Rua Santos Dumont, no bairro São Vicente em Herval d’ Oeste. A UPA 24h atenderá 11 municípios da Ammoc (Associação dos Municípios do Meio Oeste Catarinense) com exceção de Ouro e Capinzal, que contarão com contarão com as salas de estabilização que fazem parte da Rede de Urgência e Emergência.

            Na semana passada técnicos do Ministério da Saúde vistoriaram a obra que ainda não tem prazo para entrar em funcionamento. A secretária de Saúde de Herval d’Oeste, Ivone Esquina afirma que a obra está finalizada desde dezembro do ano passado, só deve funcionar após receber móveis e equipamentos, mas ainda sem data para acontecer. “Tivemos a vistoria dos técnicos do Ministério da Saúde, temos o cadastro já integrado, devemos receber os equipamentos para daí iniciar os atendimentos. Uma equipe técnica está acompanhando essas etapas, que tem ainda que finalizar a parte externa e receber os equipamentos. Temos toda uma parte legal ainda para avançar”, comentou a secretária de saúde do município.

            Há UPA 24 horas deverá atender a 110 mil habitantes, com uma média de 1,5 mil atendimentos diários. Pelo menos 30 funcionários serão contratados inicialmente. “Dependemos ainda da regularização dos funcionários que deverão ainda passar por um concurso para o funcionamento. Será necessário um profissional em cada área para atender a população como regula a portaria que cria a Unidade de Pronto Atendimento. Temos como ainda dar uma data real. Nosso interesse é o mais breve possível. Uma equipe está acompanhando esses processos para colocar a UPA para funcionar o quanto antes”, declarou. 

A previsão é de que o UPA 24h desafogue aproximadamente 70% dos atendimentos realizados na emergência do Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST) em Joaçaba.

A obra está concluída desde dezembro de 2013 e recebeu investimento de R$ 1,4 milhão do governo federal. Segundo o prefeito Nelson Guindani por se tratar de atendimento de urgência e emergência, hoje os recursos que são destinados pelos municípios ao Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), poderão ser repassados para a UPA 24h, pois desafogará a emergência do hospital, e não onerando ainda mais as prefeituras. “O que os prefeitos buscam é que a UPA 24h tenha sustentabilidade, que seja administrada com responsabilidade e que tenha suporte financeiro para manter a equipe de profissionais. Por isso estamos viabilizando a formação de um consórcio, para que haja legalidade na administração e repasse de recursos pelos municípios e governos”, destaca. “O Governo Federal fará um repasse mensal de R$ 100 mil, mas este valor não será suficiente para manter a UPA, por isso estamos construindo um projeto para viabilizá-la. E também os municípios não podem arcar com dois repasses, como no caso do HUST e UPA”, detalhou Nelson Guindani, prefeito de Herval d’Oeste.

Entenda

Segundo estimativas os custos mensais aos municípios devem ultrapassar R$ 300 mil. O governo federal fará repasses mensais de R$ 100 mil mensais. Um orçamento preliminar aponta que o custo médio mensal estimado com folha de pagamento, incluindo equipe médica e administrativa, será de R$ 150 mil e mais R$ 160 mil com material e equipamentos. O levantamento baseado nos custos de outras unidades construídas no país. “As prefeituras terão que arcar com os custos proporcionalmente ao número de habitantes”, explicou o prefeito.

Atendimento              

As UPAs funcionam sete dias por semana, 24 horas por dia. Sua estrutura conta com equipamentos de raio-X, eletrocardiografia, laboratório de exames e leitos de observação, e soluciona em média 95% dos casos. Ao chegar a uma UPA, o paciente pode ser tratado na própria unidade ou, conforme o caso, encaminhado a um hospital ou para a rede de atenção básica.

Fonte: Giuliano Pedroso - Jornal Diário do Vale