O líder do partido Vontade Popular na Venezuela foi levado para o Centro de Processados MilitaresTelam |
Após audiência na madrugada de hoje (20), o advogado Juan Carlos Gutiérrez, que representa Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular na Venezuela, divulgou detalhes sobre a
decisão tomada pela juíza Ralenis Tovar Guillén, da 16ª Vara de Justiça de Caracas. Ela decretou prisão temporária de 45 dias para o opositor venezuelano. Ele deve ficar preso até que o julgamento.
A informação divulgada inicialmente era a de que López ficaria 48 horas preso no aguardo do julgamento definitivo, mas o advogado esclareceu que esse é o tempo para o início da análise processual pelo Ministério Público (MP). "O próximo passo é a entrega das provas da defesa ao MP, o que deve ser feito na segunda-feira (24).
Segundo ele, durante a audiência as punições de terrorismo, homicídio e lesão corporal foram retiradas. A Justiça indiciou o líder da oposição por danos a prédios públicos e associação ao crime. “Apesar disso, o cliente permanece privado de liberdade por determinação da juíza.”
A audiência ocorreu fora de Caracas, no Centro de Processados Militares (casa de detenção militar), em Ramo Verde, estado de Miranda, lugar onde López permanecerá detido até o julgamento. Segundo o governo, a medida foi tomada para garantir a segurança dele.
Gutiérrez disse estar confiante de que, no desenrolar do processo investigativo, a defesa conseguirá “comprovar que nenhum delito poderá ser imputado ao acusado”. Ele também disse que é cedo para fazer prognósticos sobre o julgamento.
A oposição e os movimentos estudantis pretendem continuar protestando nas ruas, inclusive pedindo a liberação de Leopoldo López.
Edição: Talita Cavalcante