Joaçaba: Calor exige cuidados redobrados com animais peçonhentos

Diminuíram os casos de ataques de escorpiões 
no município. Enquanto isso, quatro pessoas 
foram picadas por cobras na região neste ano.

Foto: Arquivo/JDV - Paula Patussi

A Vigilância Epidemiológica registrou nesse ano quatro pessoas que foram picadas por cobras venenosas na região. Dados da Vigilância Sanitária do município, mostram que não houve registro de pessoas atacadas por escorpiões. Mas as duas unidades da Secretária de Saúde de Joaçaba pedem atenção aos moradores da região central e interior do município para evitar que esses animais tragam transtornos às famílias. “Tivemos alguns casos confirmados por picadas de cobra. A mais conhecida e de ocorrência na nossa região é da espécie Jararaca. Também tivemos um caso de picada da cobra Cotiara que é tão venenosa quanto a Jararaca”, declarou Sonia Pozza, responsável pela Vigilância Epidemiológica em Joaçaba.  

            Sonia alerta que é necessário alguns cuidados para se evitar a entrada de cobras. A primeira coisa a fazer em caso de uma picada de cobra é identificar a serpente. Embora a picada de cobra possa ser fatal, existem soros muito eficientes que podem evitar esse desfecho, sobretudo se a cobra puder ser identificada. “As pessoas devem fazer o uso de botas com canos longos, de couro, borracha que é onde as cobras mais atacam. Usar luva para proteger as mãos se for mexer ou tirar algum mato. Deixar o terreno da casa sempre limpo, por que acumulo de lixo pode desenvolver os bichinhos”, explicou Sônia.

Cuidado

Segundo o Instituto Butantan, há quatro tipos de acidentes peçonhentos com cobras:

- Acidente botrópico (causado por serpentes do grupo das jararacas): causa dor e inchaço no local da picada, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos orifícios da picada; sangramentos nas gengivas, pele e urina. Pode evoluir com complicações como infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal.

- Acidente laquético (causado por surucucu): quadro semelhante ao acidente botrópico, acompanhado de vômitos, diarreia e queda da pressão arterial.

- Acidente crotálico (causado por cascavel): sensação de formigamento no local da picada, sem lesão evidente; dificuldade de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou dupla, dores musculares generalizadas e urina escura.

- Acidente elapídico (causado por coral verdadeira): no local da picada não se observa alteração importante; as manifestações do envenenamento caracterizam-se por visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento.

Escorpiões

Em todo o mundo existem cerca de 600 espécies de escorpiões, que variam tanto em tamanho, como no tipo e na potência do veneno. Os principais sintomas incluem paralisia muscular, dispnéia, distúrbios cardíacos, cegueira e sangramento. Depois da picada de um escorpião um médico deve ser consultado imediatamente.

Os escorpiões estão ativos principalmente à noite. Por isso, como no caso das aranhas, verifique o quarto antes de dormir e sacuda cuidadosamente roupas e sapatos antes de usá-los. “Na região central era o local com mais incidência é na Rua 13 de Maio, Rua Frei Rogério, e no bairro Santa Tereza, mas este ano não registramos picadas. No caso de alguma picada procurar auxílio médico o mais rápido possível.  O mais comum na nossa região é o escorpião marrom. A espécie é venenosa mas não registramos casos de óbitos”, comentou Desirée Pino Gones, responsável pela Vigilância Sanitária em Joaçaba. 

Taturanas

Os acidentes ocorrem geralmente na manipulação de troncos de árvores frutíferas e na jardinagem. As taturanas ou lagartas podem causar acidentes, sendo que são formas larvais de mariposas que possuem cerdas pontiagudas contendo as glândulas do veneno. O contato gera dor e queimação local, com inchaço e vermelhidão discretos. Somente espécies de Lonomia sp pode causar envenenamento com hemorragias à distância e complicações como insuficiência renal. 

Em caso de acidente, recomenda-se: 

- Lavar imediatamente a área com água e sabão; 

- Usar compressas com gelo ou água gelada, 
que auxiliam no alívio da dor; 

- Procurar o serviço médico mais próximo 
ou Hospitais Credenciados; 


- Se possível, levar o animal para identificação. 

Fonte: Giuliano Pedroso - Jornal Diário do Vale