Nota técnica divulgada nesta sexta descarta descontrole populacional da espécie
Fonte: Rádio Catarinense
A Usina Hidrelétrica Machadinho divulgou nota técnica na tarde desta sexta-feira (10) sobre a infestação de piranhas em seu reservatório, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A nota é proveniente do Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce da Universidade Federal de
Santa Catarina. O texto confirma que no Rio Uruguai são encontradas duas espécies de piranhas, Pygocentrus nattereri e Serrasalmus maculatus, com hábitos carnívoros e que se alimentam, principalmente de peixes inteiros ou pedaços de tecido, nadadeiras e escamas, podendo também se alimentar de frutos, sementes, restos de vegetais e insetos, entre outros. Conforme a nota, as espécies habitam ambientes parados como lagos, reservatórios e regiões alagadas, sendo frequentemente associadas aos bancos de macrófitas, que constituem importantes habitats para a alimentação e abrigo das formas jovens destas espécies. Conforme a nota, assinada por Claudia Machado, da equipe técnica do laboratório da UFSC, no alto rio Uruguai é realizado há mais de 15 anos o monitoramento contínuo e durante esse período não tem sido registrada nenhuma infestação de piranhas nas áreas de influência do reservatório da Usina Hidrelétrica Machadinho. O documento aponta que o último relatório técnico realizado em julho de 2013, reunindo dados de 12 meses de monitoramento, das 54 espécies capturadas, as piranhas fazer parte daquelas menos frequentes. Segundo o laboratório, foram capturadas no período três das espécie Pygocentrus nattereri e 15 da Serrasalmus maculatus, representando 0,07% e 0,36%, respectivamente, da captura total no período monitorado, sendo classificadas em termos de constância de capturas como espécies raras para o reservatório da usina. A nota finaliza afirmando que existe um comportamento normal das espécies catalogadas no reservatório. Nesta semana uma reportagem da Rádio Catarinense trazendo o alerta da Polícia Militar Ambiental de Herval d' Oeste para uma infestação de piranhas no lago da usina de Machadinho e seus afluentes repercutiu no Sul do país. Conforme o tenente Tatiano Cabral, comandante da corporação, redes e armadilhas apreendidas em operações continham a espécie presa. Além disso, relatos de pescadores reforçam no sentido de que número crescente de piranhas tem sido verificado nos últimos meses. A Polícia Militar Ambiental conta com biólogos em seu quadro que também acompanham a situação.
Fonte: Rádio Catarinense