Decisão do Tribunal de Justiça rejeitou
habeas corpus da defesa do réu
Fonte: Rádio Catarinense
habeas corpus da defesa do réu
Joice Chaves, de 28 anos, foi morta por estrangulamento. Foto: Reprodução/Facebook |
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) negou habeas corpus ingressado pelo advogado Leocir Antônio Carneiro em favor de Jocimar Filipe da Silva, de 26 anos, preso sob acusação de ter matado enforcada a ex-mulher Joice Eliane da Silva Chaves, de 28 anos em Herval d’ Oeste.
Segundo a defesa, Jocimar estaria sofrendo constrangimento ilegal por decisão do Poder Judiciário da comarca de Herval do Oeste, preso em flagrante em 8 de novembro de 2013, pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel. Entretanto, o TJSC entendeu que a manutenção da prisão é necessária, diante da gravidade do crime em tese cometido pelo réu. Diante da negativa, o juiz Tiago Fachi, da comarca de Herval d’ Oeste, designou para a próxima terça-feira (14), às 16h30, audiência de instrução e julgamento, ocasião em que serão ouvidas testemunhas da acusação, da defesa e interrogado o réu que está recolhido no presídio regional de Joaçaba.
Guarda do filho
O crime ocorreu na rua São Paulo, bairro Vila Rica em Herval d´Oeste. Em depoimento ao delegado Bruno Boaventura o acusado confessou que acabou matando a vítima porque Joice estaria ameaçando o filho deles de quatro anos com intuito de forçar o reatamento do casal. Leocir admite que é um acontecimento que tem repercussão social muito grande e afeta tanto a família do acusado quanto da vítima, mas é preciso cautela para se levantar provas em juízo para confirmar o que realmente aconteceu no dia do crime. Ao perceber que havia matado Joice por estrangulamento, Jocimar forjou um suicídio da vítima para tentar escapar do crime. Joice foi encontrada caída ao lado da cama dela com uma corda de nylon em volta do pescoço, mas as marcas que apresentava na pele eram de mãos, o que evidenciou esganadura. Segundo o advogado, Jocimar apanhou o filho pela manhã na casa da ex-mulher. Ele tinha o hábito de, diariamente, levar a criança à escola e depois buscá-la, já que a mãe trabalhava o dia todo. Porém, no dia do crime o menino não teria ido à escola porque estaria com febre e ficado na casa da avó paterna. Segundo o advogado, Jocimar disse a ele que não acreditou no que havia ocorrido e que, desesperado, tentou simular o suicídio de Joice para não correr o risco de perder a guarda do filho e para que a criança não soubesse que, mesmo acidentalmente, Jocimar fosse o causador da morte da mãe do menino.
Fonte: Rádio Catarinense