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Museu no interior de Joaçaba retrata a colonização

Conheça o espaço que é o primeiro do município a 
se dedicar ao resgate da história dos colonizadores


Conhecer peças que faziam parte do cotidiano dos colonizadores da região, que retratam seus costumes e seu modo de vida, mas também matar a saudade de um tempo que já foi embora e que pode ser revivido. Isso é possível em um museu 
instalado no interior de Joaçaba.

Pra se chegar até o local as belas paisagens rurais já são o primeiro atrativo. E preciso sair da BR-282, nas proximidades do frigorífico Aurora e entrar rumo a comunidade de Linha Abatti. São oito quilômetros até o local onde o empresário Francisco Filippin resolveu investir em um espaço que pudesse mostra aos visitantes de seu hotel fazenda como era a vida das primeiras famílias que habitaram a região. Para abrigar o museu um casarão estilo colonial foi trazido e montado no local. A casa, que veio do município de Alto Bela Vista, serviu por muito tempo como um bar e hotel e tem quase um século de história. 

Dentro do casarão estão as peças que provocam nostalgia nos visitantes, como as máquinas de costura usadas pela “nonas”, assim como outros objetos que embelezavam as cozinhas da época, as capas e outros utensílios utilizados pelos tropeiros que percorriam a região, equipamentos do trabalho do dia a dia, na maioria utilizados no campo para preparar e cultivar os alimentos que davam sustento as famílias, rádios antigos, o primeiro meio de comunicação para muitos, além de vários outros objetos. 

“Tem uma história toda esse museu, que é a sequencia de uma vida toda, de como o nosso povo veio e construiu suas casas, sempre a sua maneira de fazer. São várias etapas que retratam isso e que envolvem muito o trabalho. Muitas das peças vieram do Rio Grande do Sul, onde meus pais nasceram e de onde vieram muitos colonizadores”. Diz Filippin.

O empresário reservou o segundo andar do casarão para a história de sua família. O local guarda a mesa que serviu por muito tempo a família, roupas, fotos antigas, pratarias, instrumentos musicais, o velho fogão a lenha e muitas lembranças, que fazem o visitante reviver a época. 

Segundo Filippin, o trabalho de recolher e catalogar peças é continuo. A intenção é preparar o museu, que está sendo organizado por um museólogo, para conseguir o registro oficial da secretaria de estado da cultura. 

Para o empresário, o espaço é a realização de um sonho, mas acima de tudo também um objetivo de vida. “Eu não quero ir para o outro lado da vida sem deixar nada. Quero deixar algo de cultura, fazer parte da cultura. Quero fazer minha parte também”. Disse.


Visitantes de várias partes da região e até mesmo de outros países já estiveram no museu, que leva o nome do pai do empresário, João Fernades Filippin. A visitação acontece todos os dais da semana, na parte da tarde e nos finais de semana de forma mais estendida. Para maiores informações e agendar visitas o telefone é o (49) 3551-2650.










Fonte: ederluiz.com