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Jogadores da Chapecoense são avaliados em laboratório da Unoesc

A Unoesc Chapecó, por meio do Laboratório de Fisiologia de Exercício, formalizou parceria com a Associação Chapecoense de Futebol para 2014. A iniciativa consiste na avaliação respiratória dos atletas do clube, considerando o consumo de oxigênio e a emissão de gás carbônico. A primeira avaliação dos 24 atletas do time, que disputará pela primeira vez a séria A do Campeonato Brasileiro, ocorreu no último fim de semana.

Para avaliar os atletas, segundo o coordenador do curso de Educação Física da Unoesc Chapecó, Paulo Pagliari, foram coletados dados importantes sobre a condição aeróbia. “O objetivo é repassar informações para o preparador do clube sobre em que patamar o atleta se encontra para, posteriormente, iniciar os trabalhos físicos”, explicou.

De acordo com o jogador Rafael Lima, que está há três anos na Chapecoense, a avaliação é difícil, porém necessária. “O teste indica os parâmetros de preparo físico, os batimentos cardíacos e os limites físicos de cada atleta”, complementou.

Para o jogador Wanderson Pereira Rodrigues, que está há dois anos no time, a iniciativa é muito importante porque apresenta dados reais que auxiliam na continuidade do preparo físico. “Esse resultado é determinante para definir os grupos de trabalho na temporada”, ressaltou.

Os procedimentos serão repetidos em um período de quatro a seis meses, para considerar se houve aumento no rendimento. Segundo o pesquisador Patrick Zawadzki, por intermédio do analisador de gases, que mede a quantidade de oxigênio que entra no pulmão e capta a emissão de gás carbônico produzido, é possível identificar lineares metabólicos para o treinamento.

A intensidade do treinamento determina que tipo de energia será utilizada, basicamente, se queimará gordura ou carboidrato. “A partir da avaliação é possível determinar a intensidade correta do treinamento”, enfatizou o pesquisador.

Durante a avaliação, Zawadzki explicou que alguns atletas podem atingir uma velocidade maior, porém possuem capacidade pulmonar menor, o que representa que têm um preparo muscular melhor. Em outros casos, o atleta pode ter elevada capacidade pulmonar, mas não tem aproveitamento. “A avaliação auxiliará para dinamizar as potencialidades e reduzir as deficiências”, ressaltou.

Além disso, a avaliação respiratória possibilita prever lesões de fadiga crônicas. O pesquisador complementou que, na média, os atletas, durante o teste, atingem uma velocidade de 17 a 18 quilômetros por hora, enquanto outras pessoas não atingem a marca de 10.

A equipe da Unoesc Chapecó envolvida na ação é formada pelo coordenador do curso de Educação Física Paulo Pagliari, o chefe do Laboratório de Fisiologia do Exercício o pesquisador Marcos Antonio Cezar, o líder do grupo de pesquisa Patrick Zawadzki, a pesquisadora Mariluce Poerschke Vieira e o acadêmico Rafael Laux.

Fonte: Unoesc