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Incidência de piranhas é registrada também no Rio do Peixe

Polícia Ambiental alerta que afluentes 
estão sendo invadidos pela espécie


O povoamento de piranhas no lago da Usina Hidrelétrica de Machadinho está se espalhando para os seus afluentes. Além do Rio Uruguai, os rios do Peixe, na região de Joaçaba, e Cará, em Lages, estão apresentando número crescente das espécies. 
A constatação é da Polícia Militar Ambiental de Herval d’ Oeste. Segundo o comandante da corporação, tenente Tatiano Cabral, pescadores estão relatando que a incidência desses peixes carnívoros nos rios aumentou. Cabral revela que foram catalogadas duas espécies. Segundo ele, são peixes de pequeno porte, em torno de 15 centímetros de comprimento, mas que são importantes para o equilíbrio ecológico, já que devoram as carcaças de peixes e outros animais aquáticos e ajudam a limpar os rios e represas. O alerta é para os banhistas, principalmente nesta época do ano, quando a procura por rios e represas é maior. O surgimento em larga escala das piranhas se deve, segundo Cabral, ao desaparecimento dos predadores naturais como lontras e dourados. O comandante explica que não houve até o momento nenhum registro de ataque do peixe contra homens.  

O Rio do Peixe corta os municípios de Calmon, Caçador, Rio das Antas, Videira, Iomerê, Pinheiro Preto, Tangará, Ibicaré, Herval d'Oeste, Luzerna, Joaçaba, Lacerdópolis, Erval Velho, Campos Novos, Ouro, Capinzal, Ipira, Piratuba, Alto Bela Vista, Peritiba, Jaborá, Água Doce, Ibiam, Fraiburgo, Macieira, Salto Veloso, Arroio Trinta, e Treze Tílias. Sua nascente está no município de Calmon e sua foz no rio Uruguai, no município de Marcelino Ramos, Rio Grande do Sul. Foi batizado com este nome pela abundância de peixes encontrada em suas águas, na época de sua exploração.

Infestação

Repercutiu nacionalmente a matéria veiculada pela Rádio Catarinense sobre a infestação de piranhas no lago da Usina Hidrelétrica Machadinho. O alerta foi dado pela Polícia Militar Ambiental de Herval d’ Oeste, após constatar que peixes de outras espécies estão sendo mutilados por piranhas. Em operação realizada recentemente na região de Piratuba/Capinzal, em função da Piracema - período de reprodução dos peixes -, foram apreendidas redes e armadilhas. Em uma dessas armadilhas havia uma piranha juntamente com outras espécies (cascudos). O detalhe é que os cascudos estavam devorados. Conforme Cabral, com a Piracema é comum a incidência de piranhas. Mesmo não sendo registrada nenhuma ocorrência de ataque de piranhas a seres humanos, a Polícia Ambiental alerta aos banhistas para os riscos da prática de atividade aquática no lago. “Fique atento que nessa época de piracema aumenta bastante a ocorrência de piranhas”. Estudo feito entre os anos de 1995 a 2002 apontou duas espécies de piranhas no lago da Usina de Machadinho. As piranhas são naturalmente agressivas. Pescadores legalizados reclamam que peixes estão sendo atacados pelas piranhas, o que pode provocar um desequilíbrio no ciclo reprodutivo. A Piracema encerra no próximo dia 31.


Fonte: Rádio Catarinense